Na primeira volta das eleições gerais lituanas, e de acordo com os resultados preliminares da Comissão Eleitoral Central da Lituânia , a oposição conservadora concentrada na União Nacional-Democratas Cristãos da Lituânia foi o partido mais votado, com 24,8%. Em segundo lugar ficou o partido União dos Verdes e Agricultores da Lituânia, que estava até agora no poder, com 17,5% dos votos.
Um inesperado terceiro lugar foi obtido pelo Partido Trabalhista, que não fazia parte da composição anterior do Seimas (o Parlamento lituano), com 9,47% dos votos. O Partido Social-democrata da Lituânia ficou muito perto, com 9,26%. Os dois partidos restantes que podem ter entrado no Seimas de acordo com resultados preliminares (é preciso um mínimo de 5%), são o Partido da Liberdade liberal com 9,02% e o Movimento Liberal Lituano com 6,79% dos votos.
A segunda e decisiva votação da eleição de Seimas da Lituânia ocorrerá em 25 de outubro, mas tudo indica que o centro-esquerda do primeiro-ministro Saulius Skvernelis irá ser substituído por um novo governo mais conservador. Mas, apesar desta viragem à direita, a União Nacional-Democratas Cristãos da Lituânia está longe de ser uma força a vogar nas margens da extrema-direita. Pelo contrário, é um dos partidos que costuma estar ora no poder ora na liderança da oposição, como acontecia exatamente até agora.
A Lituânia despertou a ira de Aleksandr Lukashenko ao dar abrigo à líder da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, que afirma ter ganho as eleições de agosto passado. A Europa está na expectativa de perceber quem ganhará as eleições – em princípio muito disputadas e com a necessidade de formação de coligações que possam governar em maioria – uma vez que os diferentes partidos podem ter diferentes formas de lidar com a Bielorrússia. O centro-esquerda, no poder até agora, tem sido ‘simpático’ para com os dissidentes bielorrusos.
Nos últimos tempos, mais de três centenas de bielorrussos pediram vistos de permanência na Lituânia, segundo dados citados pelo jornal Baltic News Network – sem que as estatísticas informem se esse movimento tem ou não diretamente a ver com a repressão de que a oposição está a ser alvo no vizinha país ainda liderado por Aleksandr Lukashenko.
Entretanto, na Bielorrússia a repressão aumenta: no fim-de-semana, quase seis centenas de pessoas foram presas, relata a Rádio Europa Livre, a maioria em Minsk, mas também em outras cidades mais pequenas, segundo dados da organização de direitos humanos Vyasna.
Em Minsk, manifestantes pacíficos foram espancados pela polícia e presos, enquanto a polícia usava canhões de água e granadas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
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