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Live Nation fala em “investimento substancial” e mais concertos no MEO Arena em Lisboa

A empresa norte-americana passará a deter uma “participação maioritária” no Meo Arena e entra ainda no negócio da produção e promoção local através da Ritmos & Blues.
22 Novembro 2024, 13h12

A norte-americana Live Nation vai fazer um “investimento substancial” na compra do Meo Arena, em Lisboa, e quer ter um calendário “com mais e melhores espetáculos”, disse hoje à Lusa o responsável pela empresa na Europa, John Reid.

“Portugal é um mercado de música fantástico e Lisboa é uma cidade muito vibrante e não estávamos ainda no mercado e estamos contentes. (…) É um investimento substancial. Não estávamos no mercado, por isso valeu a pena. Não a qualquer preço, mas compensa estar em Lisboa e no mercado português”, afirmou.

John Reid, que supervisiona as operações da Live Nation na região da Europa, falava à agência Lusa no dia em que a Autoridade da Concorrência (AdC) deu ‘luz verde’ à empresa norte-americana para comprar “uma participação de controlo indireto” na promotora Ritmos & Blues e ainda da Arena Atlântico, que gere o Meo Arena, e “respetivas subsidiárias”.

A Live Nation Entertainment apresenta-se como “a maior empresa de entretenimento ao vivo do mundo” e opera em várias frentes nesta indústria, na produção de espetáculos, promoção de artistas, exploração de salas e venda de bilhetes.

Segundo a AdC, em Portugal, a Live Nation “encontra-se ativa na promoção do festival Rock in Rio Lisboa”, através da sua subsidiária Better World, “e detém, ainda, uma participação no festival Rolling Loud”, que aconteceu em Portimão.

A empresa norte-americana passará a deter uma “participação maioritária” no Meo Arena e entra ainda no negócio da produção e promoção local através da Ritmos & Blues.

Sobre a entrada da empresa em Portugal, John Reid falou de uma “oportunidade única”, sublinhando a presença em Lisboa.

“É uma cidade vibrante, que está ao rubro. Sempre foi internacional, mas está mais internacional do que nunca, os artistas adoram ir a Lisboa, é um edifício grande. Queremos que mais artistas internacionais queiram tocar lá”, disse.

Reid acrescentou que a Live Nation poderá ainda investir em artistas portugueses.

“Podemos fazer um trabalho para a música portuguesa como o que fazemos, por exemplo, com a música latina em todo o mundo, ou com a k-pop. Metade do nosso trabalho é exportarmos talentos locais também, não é só trazer artistas, é também investindo em talentos portugueses locais”, afirmou.

Esta operação da Live Nation já tinha sido anunciada em abril de 2023, mas foi alvo de uma “investigação aprofundada” pela AdC, porque a aquisição “poderia resultar em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”, refere aquela autoridade em comunicado.

De acordo com a AdC, a Live Nation apresentou várias garantias para esta aquisição, nomeadamente “o acesso de todos os promotores à MEO Arena com base em condições justas, razoáveis e não discriminatórias”, “na redução imediata dos preços de acesso à Arena” e “no congelamento dos preços para os próximos 5 anos”.

Em 2012, o governo de então anunciou que pretendia vender o Pavilhão Atlântico e a empresa que detinha a sua concessão, no âmbito da reestruturação do setor empresarial do Estado.

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