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Livro revela que Elon Musk tentou ser CEO da Apple, mas dono da Tesla desmente rumor

“Não quero ser CEO de nada”, escreveu o Elon Musk na rede social Twitter na passada sexta-feira.
31 Julho 2021, 17h37

Um novo livro revela que Elon Musk tentou a sua sorte ao sugerir liderar a empresa mais valiosa da América do Norte, a Apple, avança a “CNN”.

No meio de vários atrasos no fabrico do Modelo 3 da Tesla, a empresa de veículos elétricos encontrava-se a passar algumas dificuldades em 2016. De acordo com o livro “Jogo de Poder: Tesla, Elon Musk e a Aposta do Século”, Musk recebeu então uma chamada de Tim Cook, no qual o líder da Apple propôs adquirir a Tesla.

A resposta de Musk foi dada na altura, com a condição deste ser o CEO da empresa da maçã. Segundo a “CNN”, Cook ainda demorou a perceber que Musk estava a falar de ocupar o seu lugar e quando percebeu terá desligado o telefone ao fundador da Tesla.

Em dezembro do ano passado, Elon Musk anunciou que tinha pensado vender a empresa à Apple, mas que nunca conversou com Tim Cook sobre o assunto. De acordo com Musk, o dono da Tesla tentou chegar a Cook “nos dias mais negros do programa do Modelo 3”, numa conversa onde propunha a aquisição da Tesla “por 1/10 do nosso valor atual”, mas que o CEO da Apple negou possíveis reuniões.

Numa extensa conversa na rede social Twitter, Elon Musk nega o que é dito no livro. Mark Gurman, que analisa produtos da Apple para a “Bloomberg” partilhou a notícia do livro no Twitter, e disse que esta era “uma perspetiva diferente da Apple não ter comprado a Tesla”, acrescentando “outra perspetiva: Tim Cook disse que nunca falou com Elon Musk: ‘Nunca falei com Elon, apesar de ter uma grande admiração e respeito pela empresa que ele construiu”, lê-se no tweet.

Num terceiro tweet, no qual identificou Cook e Musk, Gurman adianta que “Tim Cook disse que nunca falou com o Elon Musk, Musk diz que Cook recusou uma reunião, e o livro diz que eles falaram e tiveram esta interação”.

Em resposta, Musk escreve que “Higgins [autor do livro e jornalista do Wall Street Journal que acompanha empresas tecnológicas] tornar o seu livro tanto falso *como* aborrecido”.

Como a Tesla não tem um centro de comunicação, o jornalista da “BBC” James Clayton decidiu interagir na mesma conversa e questionar Musk sobre a veracidade do tema descrito no livro. “Quão falso estamos a falar? Alguma coisa descrita aconteceu?”, questionou o jornalista.

Prontamente Musk admitiu que “Cook e eu nunca falámos ou escrevemos um ao outro”, “Houve uma altura em que eu pedi uma reunião com Cook para falar sobre a compra da Tesla pela Apple. Não foram propostas quaisquer condições de aquisição. Ele recusou-se a encontrar. A Tesla valia cerca de 6% do valor de hoje”, lê-se na rede social.

Na mesma linha de conversa, e em resposta a uma imagem partilhada onde é possível ver Musk ao lado do símbolo da mação onde se lê “Elon Musk: Technoking da Tesla, Imperador de Marte, CEO da Apple”, o fundador da Tesla e SpaceX assume que não quer ser CEO.

“Não quero ser CEO de nada”, escreveu na rede social.

Esta não é a primeira vez que Musk dá a ideia de que não gosta de ser líder das suas empresas. No início do mês, Elon Musk esteve presente no tribunal dos Estados Unidos a ser ouvido num julgamento relativamente à pressão exercida por si a membros do Conselho de Administração da Tesla para aprovarem a compra de uma empresa dos seus primos, e admitiu que não gosta de ser o chefe da empresa de automóveis elétricos.

“Odeio, prefiro dedicar o meu tempo a fazer design e engenharia”, disse no tribunal. No entanto, o fundador disse que “tenho que ser eu [CEO] ou, francamente, a Tesla vai morrer”.

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