Lucro da DHL sobe 9,3% até setembro para 2.442 milhões de euros

A multinacional alemã de encomendas DHL registou um lucro líquido atribuível de 2.442 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 9,3% face ao mesmo período de 2024. As receitas atingiram 60.763 milhões de euros, uma queda de 1,2%. Por divisão, os envios expressos registaram uma queda de 2,3 para 17.862 milhões de euros, enquanto a divisão de transporte de mercadorias registou 13.956 milhões de euros, uma queda de 4%.

O ramo da cadeia de abastecimento faturou 12.975 milhões de euros, menos 1%, enquanto o serviço universal de encomendas e correio que a empresa presta na Alemanha avançou 2,7% para 12.820 milhões de euros. O comércio eletrónico rendeu 5.104 milhões de euros, mais 3,2%.

O total de despesas, que inclui custos de atividade, pessoal, depreciações, amortizações e outros conceitos, ascendeu a 56.486 milhões de euros, uma queda de 1,7%. A dívida líquida cresceu 12%, situando-se no final de setembro em 21.279 milhões de euros.
Só no terceiro trimestre, os lucros da DHL foram de 840 milhões de euros e o volume de negócios de 20.128 milhões de euros, um aumento de 11,9% e uma diminuição de 2,3%, respetivamente.

Em setembro de 2025, o Grupo anunciou a aquisição do fornecedor norte-americano de logística farmacêutica SDS Rx. Esta aquisição reforça a capacidade do Grupo DHL para oferecer ao setor de LSH soluções logísticas abrangentes em toda a cadeia de abastecimento. Como parte da sua Estratégia 2030 e do programa ‘Fit for Growth’, o Grupo DHL está também a investir na digitalização, incluindo no uso crescente de agentes de IA e robots, bem como a expansão da sua rede de cacifos para encomendas. Estas medidas melhoram tanto a eficiência como a qualidade dos serviços da DHL.

O Grupo DHL conseguiu compensar a volatilidade contínua nos volumes de comércio durante o terceiro trimestre através de uma gestão ativa da capacidade cíclica, combinada com melhorias de custos estruturais no âmbito do programa ‘Fit for Growth’ e ajustamentos de preços. Por exemplo, a DHL Express reduziu os seus custos com a aviação em 8,5% em termos homólogos.

O sucesso das medidas de eficiência reflete-se também no forte free cash flow (excluindo M&A) no terceiro trimestre de 2025: cresceu 80,8% em termos homólogos para 1,2 mil milhões de euros. No mesmo período, o Grupo DHL Group gerou um resultado líquido consolidado após juros não controláveis de 840 milhões de euros – um aumento de 11,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os resultados base por ação ascenderam a 0,75 euros, 15,6% acima dos 0,64 euros por ação no terceiro trimestre de 2024. “Melhorámos ainda mais a nossa margem EBIT e gerámos um forte free cash flow. Isto realça a eficácia das nossas medidas para aumentar a rentabilidade e a eficiência do capital num ambiente de mercado desafiador”, afirma Melanie Kreis, CFO do Grupo DHL.

Em antecipação à época alta no final do ano, o Grupo DHL espera um aumento sazonal típico nas entregas de e-commerce a consumidores (B2C; Business-to-Consumer) no quarto trimestre de 2025. As divisões do Grupo estão preparadas para garantir uma elevada qualidade de serviço apesar do aumento sazonal nos volumes de envio. Por exemplo, a DHL Express planeia alocar temporariamente 10 aviões de carga Boeing 777 adicionais a rotas de maior tráfego. A Supply Chain está a reforçar a sua equipa para a época alta com cerca de 8.000 trabalhadores temporários a tempo inteiro. A equipa da Post & Parcel Germany será apoiada por aproximadamente 10.000 trabalhadores temporários.