Os resultados líquidos da EDP – Energias de Portugal subiram 75% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2023, para 762 milhões de euros. suportados pelo “bom resultado dos ganhos com rotação de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil e ativos de produção de energia eólica e solar em Itália, EUA e Canadá”, informou a empresa esta terça-feira, 30 de julho, através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O resultado líquido recorrente aumentou 50%, para 775 milhões de euros e, excluindo ganhos de rotação de ativos, a empresa refere que o resultado líquido recorrente aumentou 15%, para 591 milhões de euros.
“Foi um semestre muito forte”, afirmou o presidente-executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, na conferência telefónica com analistas a seguir à apresentação dos resultados.
“É um bom crescimento, mesmo sem rotação de ativos”, acrescentou.
No primeiro trimestre, o lucro da empresa de energia subiu 17%, para 354 milhões de euros.
“O aumento de 20% da produção de energias renováveis, sobretudo energia hidrelétrica em Portugal (+69%) e eólica e solar nos EUA (+13%) compensou a queda de preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fosseis, com as energias renováveis a representarem 98% da produção total de eletricidade” no período em análise, explica a empresa.
“Adicionalmente, registou–se um aumento do contributo do negócio de redes de eletricidade regulada, impulsionado pela aquisição dos minoritários da EDP Brasil concluída em agosto de 2023, mitigando o impacto da desconsolidação dos ativos térmicos”, acrescenta.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentaram 10%, para 2,69 mil milhões de euros, enquanto tendo em conta as operações recorrentes a subida foi de 8%, para 2,67 mil milhões de euros.
A empresa explica a evolução com ganhos com rotação de ativos de 243 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
“A atividade integrada de produção e comercialização beneficiou do aumento da produção hídrica na Iberia e redução do custo de abastecimento de energia que compensou a redução do contributo da atividade de produção térmica na Ibéria e no Brasil, no seguimento de venda de participações nas centrais de Pecém e Aboño e redução da atividade das centrais de gás na Ibéria. A produção eólica e solar aumentou 5% e o preço médio de venda manteve–se estável, beneficiando de subida de preços nos EUA e com a queda de preços na Europa parcialmente compensado por estratégias de cobertura”, refere.
“Nas redes de eletricidade, a distribuição no Brasil foi positivamente impactada pelo aumento de consumo de 9%, enquanto na distribuição em Portugal a subida de proveitos regulados reflete a indexação à inflação”, acrescenta.
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