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Lucro da EDP Renováveis caiu 56% no semestre

As receitas aumentaram 18%, para 1,42 mil milhões de euros, devido ao crescimento de 2% nas vendas de eletricidade, para 1,16 mil milhões de euros, e pelo aumento nos proveitos de parcerias institucionais de nova capacidade instalada nos Estados Unidos.
1º EDP: A empresa liderada por Miguel Stilwell mantém a liderança das marcas valiosas, com um valor de mercado de 2,4 mil milhões de euros, apesar de ter desvalorizado 4%.
30 Julho 2025, 07h33

O resultado líquido da EDP Renováveis (EDPR) caiu 56% no primeiro semestre deste ano, face a igual período de 2024, para 93 milhões de euros, impactado por itens não recorrentes e pela contabilização da rotação de ativos, informou a empresa de energia esta quarta-feira, 30 de julho.

A empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade aponta o impacto negativo de 44 milhões de euros de itens não recorrentes, “principalmente provenientes dos EUA”. Sem estes, o resultado líquido recorrente foi de 137 milhões de euros, ainda assim traduzindo uma quebra homóloga (face a igual período do ano anterior) de 35%.

Excluindo o contributo de ganhos com rotação de ativos no primeiro semestre de 2024, “o resultado líquido recorrente subjacente aumentou 80 milhões de euros em termos homólogos (triplicando face ao ano anterior)”, informou a empresa em comunicado divulgado através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Isto reflete uma “melhoria significativa da rentabilidade da carteira de ativos em operação da EDPR, com um aumento dos níveis de produção de eletricidade, o aumento de eficiência operacional e a redução de alguns impactos negativos que impactaram os níveis de rentabilidade subjacente” no primeiro semestre de 2024, acrescenta.

Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, no acrónimo em inglês), caíram 1%, para 948 milhões de euros.

As receitas aumentaram 18%, para 1,42 mil milhões de euros, devido ao crescimento de 2% nas vendas de eletricidade, para 1,16 mil milhões de euros, e pelo aumento nos proveitos de parcerias institucionais de nova capacidade instalada nos Estados Unidos da América (EUA).

Nos últimos 12 meses, as empresa juntou 3,4GW de capacidade de produção ao seu portefólio, com a Europa e a América do Norte a representarem 83% das
adições, e com a tecnologia solar a representar 68% do crescimento.

Realizou rotações de ativos de 0,2 GW na Polónia, em setembro de 2024 , e de 0,1 GW em Espanha em junho de 2025, tanto de capacidade eólica como de solar.

Em junho, a capacidade em construção era de 2,3GW, estando dentro dos prazos e orçamentos previstos, suportando o objetivo de capacidade de serem adicionados  cerca de 2GW este ano.

Dívida aumentou, mas promete descer

A dívida líquida aumentou em 726 milhões de euros desde dezembro de 2024, para 9,0 mil milhões de euros, o que a empresa explica com o “fluxo de caixa orgânico no período, os investimentos realizados”, 200 milhões de euros de receitas provenientes de negócios de rotação de ativos e acordos de Tax Equity (benefícios fiscais relativos a investimento em energias renováveis) e um impacto cambial positivo.

Com estes resultados, a empresa assinala que mantém os objetivos financeiros anteriormente definidos para este ano, de EBITDA recorrente de cerca de 1,9 mil milhões de euros, dos quis 100 milhões de ganhos com rotação de ativos, e uma dívida líquida de oito mil milhões de euros, “que beneficiará da concretização do encaixe financeiro previsto para o segundo semestre” do ano, com acordos de rotação de ativos num montante de dois mi milhões de euros e de Tax Equity de mil milhões de euros, “sobre os quais a EDPR tem neste momento bons níveis de visibilidade”.

A EDP – Energisa de Portugal detém 71,3% da EDPR.

A cotação dos títulos da empresa na Euronext Lisboa iniciou-se em baixa, depois da divulgação dos resultados, mas inverteu nos primeiros 15 minutos de negociação, para um ganho de 1,6%, para 10,36 euros.

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