Lucro da Inditex cresce 8,5% até outubro

A Inditex, líder mundial de venda de roupa a retalho, teve lucros de 4.449 milhões de euros nos primeiros nove meses do exercício fiscal (fevereiro a outubro), mais 8,5% do que em 2023, anunciou esta quarta-feira a empresa. Só no terceiro trimestre (agosto a outubro), a empresa dona de marcas como a Zara teve lucros de 1681 milhões de euros, mais 10,5% do que mesmo período do ano passado.

As vendas da Inditex entre fevereiro e outubro ascenderam a 27.422 milhões de euros, mais 7,1% do que nos mesmos meses de 2023, enquanto o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 7,2%, para 7967 milhões de euros.

“Nos 9M2024, a Inditex continuou com um desempenho operacional muito robusto devido à criatividade das equipes e à forte execução do modelo de negócios totalmente integrado de loja e online”, refere o grupo em comunicado oficial. “As coleções Outono/Inverno foram muito bem recebidas pelos clientes. No 9M2024, as vendas em moeda constante cresceram 10,5%, apresentando um desenvolvimento muito satisfatório tanto nas lojas quanto no online. As vendas foram positivas em todos os conceitos. Continuamos operando com margens muito saudáveis ​​nas vendas nas diferentes linhas da Demonstração de Resultados”.

Em 9M2024, foram realizadas inaugurações em 45 mercados. No final do período, a Inditex operava 5.659 lojas. No período em referência, “a execução do modelo de negócios foi muito forte. O lucro bruto aumentou 7,2% para € 16,3 bilhões. A margem bruta atingiu 59,4% (+4 pontos base). “Todas as linhas de despesas mostraram uma evolução favorável. As despesas operacionais aumentaram 7,0%, abaixo do crescimento das vendas. Incluindo todos os encargos de arrendamento, as despesas operacionais cresceram 73 pontos base abaixo do crescimento das vendas”.

“Continuamos a gerar forte fluxo de caixa e reinvestir de volta no negócio. A posição de caixa líquido cresceu 3,0% para € 11,8 mil milhões”.

A Inditex fechou o exercício fiscal de 2023 com 5.381 milhões de euros de lucro, o maior de sempre e superior em 30,3% em relação ao ano anterior. A empresa espanhola é dona de marcas como a Zara, Bershka, Stradivarius ou Massimo Dutti.

O comunicado refere ainda que “a Inditex continua a ver fortes oportunidades de crescimento. As principais prioridades são melhorar continuamente a proposta de moda, aprimorar a experiência do cliente, aumentar o foco na sustentabilidade e preservar o talento e o comprometimento dos recursos humanos. Priorizar essas áreas impulsionará o crescimento de longo prazo. Para levar o nosso modelo de negócios ao próximo nível e estender ainda mais nossa diferenciação, estamos a desenvolver várias iniciativas em todas as áreas principais para os próximos anos”.

“A criatividade das nossas equipes e a flexibilidade do modelo de negócios em conjunto com o sourcing de proximidade na estação permite uma reação rápida à demanda do cliente. Essa situação resulta numa posição de mercado única que fornece ao nosso modelo de negócios grande potencial de crescimento. A Inditex opera em 214 mercados com baixa participação em um setor altamente fragmentado e vemos fortes oportunidades de crescimento. Esperamos aumento da produtividade de vendas. O crescimento do espaço bruto anual no período de 2024-2026 deve ficar em torno de 5%. A Inditex espera que a contribuição do espaço para as vendas seja positiva, em conjunto com uma forte evolução das vendas online. A otimização das lojas está em andamento. Em 2024, a Inditex espera uma margem bruta estável (+/-50 pontos)”.

“Para 2024, estamos a fazer investimentos que estão a escalar as nossas capacidades, gerando eficiências e aumentando a nossa diferenciação competitiva para um nível superior. Estimamos despesas de capital de cerca de € 1,8 mil milhões”. Em vista das fortes oportunidades de crescimento futuro, a Inditex está implementando um plano de expansão logística em 2024 e 2025. “Este programa de investimento de dois anos focado na expansão do negócio aloca 900 milhões de euros por ano para aumentar as capacidades logísticas em cada um dos anos financeiros de 2024 e 2025. Esses investimentos terão os mais altos padrões de sustentabilidade e usarão a tecnologia mais atualizada”. O dividendo final do ano fiscal de 2023 de 0,77 euros por ação foi pago em novembro passado e os resultados do ano fiscal de 2024 (1º de fevereiro a 31 de janeiro) serão publicados em 12 de março de 2025.

A multinacional foi fundada em 1963 como uma pequena empresa sediada em La Coruña (Galiza) e é hoje a maior empresa espanhola em termos de capitalização bolsista.