[weglot_switcher]

Lucro do PSD foi de 891 mil euros em 2019

O partido reduziu o passivo em 13%. “A situação de falência técnica foi ultrapassada e os fundos patrimoniais reforçados”, afirma o secretário-geral adjunto, Hugo Carneiro.
5 Julho 2020, 12h05

As contas do PSD registaram em 2019 um lucro de 891 mil euros tendo o partido conseguido reduzir o seu passivo em 13%, ou seja, em 1,2 milhões de euros, segundo dados do secretário-geral adjunto, Hugo Carneiro.

No ano passado, o PSD teve, em termos líquidos, um resultado global positivo “de 891 mil euros, mantendo-se o caminho iniciado em 2018, ano em que o resultado foi também positivo em 764 mil euros”, refere o dirigente numa nota enviada à Lusa. Em 2017, o partido registou prejuízos que ascenderam a 2,5 milhões de euros.

Em 2019 – ano no qual se disputaram eleições europeias, regionais na Madeira e legislativas – o PSD conseguiu baixar o seu passivo em “1,2 milhões de euros”, ou seja 13%. “Deste valor, o montante de 783 mil euros foi pago a fornecedores transatos e 500 mil euros foram pagos à Assembleia da República (por iniciativa do PSD)”, refere o PSD nos números divulgados este domingo.

Em dezembro do ano passado, o partido informou que devolveu meio milhão de euros à Assembleia da República relativos a uma subvenção das eleições autárquicas de 2013 “recebida em excesso”, um erro “identificado há vários anos” mas que só naquela altura foi possível corrigir. De acordo com Hugo Carneiro, o resto da dívida será liquidada “antes do final de 2021”.

De acordo com os dados fornecidos pelo secretário-geral adjunto, os sociais-democratas fecharam 2019 com um passivo — dívidas acumuladas – de “8,5 milhões de euros”, valor que no ano anterior ficou nos “9,76 milhões de euros” e no final de 2017 estava nos “14,4 milhões de euros”.

Hugo Carneiro realça que “entre 2017 e 2019, sob a liderança de Rui Rio, o passivo foi reduzido em 5,9 milhões de euros, isto é, em cerca de 41%”, e que em 2017 “a situação líquida do PSD era negativa em 1,3 milhões de euros”, pelo que o partido “estava em falência técnica”.

“A situação líquida do PSD é hoje positiva em 19,1 milhões de euros valor que foi reforçado face a 2018 (18,8 milhões de euros). A situação de falência técnica foi ultrapassada e os fundos patrimoniais reforçados”, salienta.

No que toca aos gastos com as campanhas, o social-democrata adianta que não originaram “um aumento do passivo, como era habitual” e que “os fornecedores destas três campanhas estão integralmente pagos”.

O dirigente refere que no que toca às eleições europeias, “o resultado de campanha foi nulo, tendo o partido gasto 850 mil euros e investido apenas 31 mil euros”, e assinala que “o montante da despesa foi integralmente coberto pela subvenção pública da campanha recebida em função dos resultados eleitorais e os 31 mil euros investidos pelo PSD”.

No que tocas às eleições legislativas, o PSD gastou “1,86 milhões de euros, que contrastam com 4,6 milhões de euros gastos em 2015”. Apontando que o PSD teve “direito a uma subvenção de 1,85 milhões de euros”, o dirigente enaltece “a grande proximidade entre as estimativas orçamentais feitas e a subvenção recebida pelos resultados”.

Relativamente às eleições legislativas regionais da Madeira, feitas as contas entre os gastos e o que o partido recebeu de subvenção, foram investidos “97,5 mil euros”, o que representa uma redução de “mais de 61% face a 2015”.

Hugo Carneiro diz ainda que o PSD “continua empenhado na reestruturação financeira e no pagamento a fornecedores, no apoio às suas estruturas internas e na criação de uma alternativa governativa para Portugal”.

Os partidos tinham até sexta-feira para entregar as contas anuais à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos. Os estatutos determinam que as contas do PSD têm de ser ratificadas em Conselho Nacional, mas o órgão máximo entre congressos ainda não se reuniu devido à pandemia.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.