Lucro operacional da Vodafone sobe 43% para 1,5 mil milhões apesar da queda na Alemanha

O lucro operacional da Vodafone aumentou 42,9% para 1,5 mil milhões de euros no primeiro trimestre do ano fiscal de 2025, que compreende os meses de abril a junho. O resultado da empresa britânica deveu-se essencialmente aos ganhos de 0,7 mil milhões de euros na alienação dos 18% na Indus Towers.

As receitas totais subiram 2,8% para 9,3 mil milhões de euros. Por sua vez, as receitas de serviços – que têm o maior peso no negócio da operadora de telecomunicações – registaram um aumento de 5,4% para 7,5 mil milhões de euros durante o último trimestre, apesar da queda no mercado alemão devido a mudanças legislativas.

A CEO da Vodafone, que assumiu este cargo de liderança há pouco mais de um ano, disse esta quinta-feira que o desempenho financeiro durante o primeiro trimestre é “consistente” com a nossa orientação para o ano 2024. Logo, a operadora de telecomunicações confirmou o guidance.

“Continuamos a acelerar o crescimento do EBITDA AL [lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortização e perda ajustada] do grupo. As receitas de serviços cresceram 5,4%, embora na Alemanha tenha assistido a uma queda esperada nas receitas de serviços, na sequência do impacto contínuo da alteração da lei da televisão”, referiu Margherita Della Valle, na mensagem publicada com o trading update.

E Portugal? Os segmentos de ‘Consumo’ e ‘Empresa’ continuaram a ter “um bom desempenho, também suportados pelas nossas ações de preço”, de acordo com a informação transmitida pela Vodafone.

Recentemente, a Vodafone vendeu as operações em Espanha e em Itália e fez uma fusão com a concorrente Hutchison’s Three no Reino Unido.

“Nos últimos meses, anunciámos a etapa final no corte da nossa participação na Vantage Towers para 50%, por 1,3 mil milhões de euros, e iniciámos o nosso programa de recompra de ações de dois mil milhões de euros, após a venda em Espanha. Continuamos a progredir nas nossas transações em Itália e no Reino Unido, bem como na transformação mais ampla da Vodafone, focada na experiência do cliente, no crescimento do negócio e na execução operacional na Alemanha”, comentou Margherita Della Valle.

Olhando para as vendas de serviços nas diferentes geografias, destaca-se a Turquia com um crescimento homólogo de 54,7% para 664 milhões de euros. Quanto ao volume das receitas, Alemanha e Reino Unido continuaram na liderança dos mercados em que a Vodafone opera com 3.095 milhões de euros e 1.689 milhões de euros, respetivamente.

A multinacional com sede em Berkshire – que se encontra num processo de 11 mil despedimentos até 2026 – prevê reportar lucros ajustados de cerca de 11 mil milhões de euros e um fluxo de caixa livre (free cash flow) ajustado de, no mínimo, 2,4 mil milhões de euros no exercício fiscal que termina em março de 2025.