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Lucros da Brisa sobem 47% para 183,2 milhões de euros mas ficam abaixo dos níveis pré-pandemia

A concessionária de autoestradas teve um tráfego de 18.550 veículos por dia no ano passado.
16 Fevereiro 2022, 18h11

A Brisa Concessão Rodoviária (BCR) viu os lucros do ano passado dispararem 47% para 183,2 milhões de euros, em comparação a 2020, segundo o relatório financeiro divulgado esta quarta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A concessionária de autoestradas teve um tráfego de 18.550 veículos por dia, o que representa uma subida homóloga de 16%, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia, mais precisamente 13,2%, corroborando que as restrições para combate à Covid-19 continuaram a ter impacto na mobilidade automóvel, apesar da reabertura faseada da economia.

Os proveitos operacionais da empresa liderada por António Pires de Lima fixaram-se em 578,4 milhões de euros em 2021, na sequência de um acréscimo de 15,5% em relação ao ano anterior (500,9 milhões de euros), sendo que as receitas das portagens foram de 549 milhões de euros (+15,5%).

Os custos financeiros da BCR caíram 13,9% sobretudo devido ao “decréscimo nos juros suportados, refletindo sobretudo o menor custo associado ao refinanciamento do empréstimo obrigacionista de 300 milhões de euros que se venceu em abril de 2021 (cupão de 3,875%)”, de acordo com o documento enviado à CMVM.

A Brisa fechou 2021 com 250 milhões de euros disponíveis em linhas de crédito com garantia de subscrição repartidas por cinco bancos. “Durante o ano uma linha de crédito no montante de 50 milhões de euros atingiu a sua maturidade, tendo sido contratadas duas novas linhas com garantia de subscrição, num montante total de 100 milhões de euros”, detalha a empresa.

O resultado operacional (EBITDA) subiu 21,1% para 447 milhões de euros e a margem EBITDA, chegou aos 77,3%, enquanto o EBIT (lucros antes de juros, impostos, depreciação) foi de 311,3 milhões de euros.

O investimento (CAPEX) nas autoestradas concessionadas totalizou no final do ano passado 46,1 milhões de euros (entre os quais 24,1 milhões de euros referentes a grandes reparações), representando uma redução homóloga de 11,4%. O capital foi sobretudo investido em obras de alargamento e de reposição de pavimentos.

Notícia atualizada às 18h30

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