A Vinci, que detém a gestora dos aeroportos portugueses ANA Aeroportos, lucrou perto de 2,6 mil milhões de euros em 2021. Mais do dobro em comparação com os cerca de 1,2 mil milhões de euros obtidos no ano anterior, de acordo com as contas anuais que foram divulgadas esta sexta-feira.
As receitas da Vinci alcançaram os 49,4 mil milhões de euros no total do ano passado, o que representa um crescimento de 14% face ao período homólogo. “As nossas receitas foram mais elevadas do que em 2019 e os resultados recuperaram”, afirma Xavier Huillard, CEO da Vinci, citado num comunicado, divulgado esta sexta-feira, notando que, “em 2021, registámos uma forte recuperação, o que é surpreendente uma vez que a situação pandémica ainda não estabilizou”.
As receitas das concessões totalizaram sete mil milhões de euros: 5,6 mil milhões da Vinci Autoroutes (muito próximo de valores pré-pandémicos) e 1,2 mil milhões da Vinci Airports (que detém a ANA Aeroportos). No segundo caso, 55% abaixo de 2019, mas 20% acima de 2020.
Para a Vinci Highways, Vinci Railways e Vinci Stadium, a empresa não indica valores para as receitas, referindo apenas que foram “muito semelhantes ao que foi alcançado em 2019”. Já na Vinci Energies, as receitas foram de 15,1 mil milhões de euros, mais 10% do que há dois anos.
De acordo com a empresa, que propõem o pagamento de um dividendo de 2,9 euros por ação com base nas contas de 2021, a Vinci Airports registou uma quebra de 81% no número de passageiros no primeiro semestre do ano, face a 2019. Depois acabou por recuperar no verão, com a queda a “encolher” para 59% no terceiro trimestre.
“A recuperação continuou em quase todos os aeroportos do grupo no quarto trimestre. O número de passageiros ficou 46% abaixo do mesmo período de 2019, mas foi mais do dobro do que o alcançado no quarto trimestre de 2020”, refere.
A Vinci nota ainda que “o número de passageiros esteve perto ou acima dos níveis pré-crise em vários aeroportos norte-americanos, aproximou-se de níveis normais na maioria dos aeroportos europeus — especialmente em Portugal, França e Sérvia – e manteve-se fraco no Reino Unido e na Ásia”.
No total de 2021, o número de passageiros nos aeroportos geridos pela Vinci Airports ficou 66% abaixo dos níveis de 2019, mas registou um aumento de 12% face a a 2020.
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