Os lucros da EDP subiram 14% para mais de mil milhões de euros até setembro, anunciou hoje a elétrica portuguesa.
A companhia justificou o resultado “suportado pelo bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil assim como pela recuperação de produção hídrica nomercado ibérico, que mais do que compensaram os menores ganhos com rotação de ativos renováveis”.
Já o lucro recorrente subiu 7% para quase 1.100 milhões de euros.
O EBITDA da companhia subiu 2% para 3.900 milhões de euros. O recorrente subiu 1% para quase 3.900 milhões: o segmentos das renováveis, clientes e gestão de energia recuou 3% para 2.635 milhões, com as redes a subirem 14% para 1.270 milhões.
No segmento eólico e solar, o EBITDA caiu 9% “impactado pelos menores ganhos com a rotação de ativos face ao período homólogo (€179M vs.€393M), enquanto o EBITDA excluindo ganhos de rotação de ativos aumentou 7%, para €1.115M, com a produção de eletricidade a apresentar um aumento moderado de 5%, parcialmente compensado pela resiliência do preço médio de venda com uma queda de 4% para €59,4/MWh”.
Já a atividade integrada de produção e comercialização de energia no mercado Ibérico e no Brasil “apresentou um crescimento de EBITDA de 5%, para os €1.340M, suportada pelo aumento da produção hídrica na Península Ibérica e redução do custo de abastecimento de energia. Numa base proforma, o EBITDA deste segmento apresenta um crescimento de 15%, excluindo o contributo nos 9M23 das centrais a carvão no Brasil e em Espanha, alvo de processo de venda de participações no final de 2023”.
Aqui, destaque para o disparo de 17% na produção hídrica, clientes e gestão de energia – Iberia para um total de 1.200 milhões de euros.
Por sua vez, nas redes de eletricidade o aumento de EBITDA foi de 14%, para €1.269M (+7% excluindo ganhos com rotação de ativos de transmissão no Brasil, no 1º Trimestre de 2024), com a atividade de distribuição de eletricidade no Brasil e Portugal suportadas pelo aumento do consumo (+10% no Brasil e +2% em Portugal), pela atualização das receitas reguladas à taxa de inflação e melhorias de eficiência”. Nas redes de eletricidade, o EBTIDA no Brasil disparou 30% para 605 milhões de euros.
Por seu turno, o investimento em expansão recuou 21% para 2.870 milhões de euros, com uma quebra de 22% nas renováveis, clientes e gestão de energia.
Já a dívida líquida disparou dois mil milhões (+13%) desde o final de 2023 e o final de setembro para 17,35 milhões de euros. O rácio dívida líquida/EBITDA subiu 7% para 3,6 vezes. A companhia justifica esta subida com a “aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade e o pagamento de dividendos”.
“Já em outubro, ocorreu o encaixe da transação de rotação de ativos na Polónia e a conclusão da recompra da participação de 49% do portefólio eólico de 1 GW na Europa. A dívida líquida esperada para o final de 2024 será influenciada pelo timing dos encaixes de parcerias institucionais e de conclusão de operações de rotação de ativos, uma vez que determinadas operações poderão ser apenas concluídas em 2025”.
A companhia mantém a previsão para este ano de EBITDA recorrente a rondar os 5 mil milhões de euros e um resultado líquido recorrente de cerca de 1,3 mil milhões de euros, conforme previsto em maio.
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