Lucros da Estoril-Sol sobem para 43 milhões de euros

Os lucros da Estoril-Sol aumentaram 124% para 42,9 milhões de euros no ano passado, comparativamente a 2021, quando o resultado líquido da concessionária de casinos havia sido de 19,1 milhões de euros.

O jogo online, as medidas de apoio do Governo e a reabertura total da economia foram os três principais motivos dos resultados obtidos, de acordo com informação transmitida esta sexta-feira pela empresa presidida por Pansy Catilina Chiu King Ho. Aliás, em 2020, por causa dos constrangimentos causados pela Covid-19, a Estoril-Sol teve prejuízos superiores a 12 milhões de euros.

“Esta melhoria deveu-se sobretudo à ausência das limitações da atividade em 2022, limitações estas que tinham condicionado fortemente a atividade dos casinos físicos durante o ano anterior, à concretização das medidas previstas no Decreto-Lei nº103/2021 de 24 de novembro com o intuito de mitigar os impactos negativos sentidos no período da pandemia e imediatamente após, provocados pela adoção de medidas restritivas da atividade económica com vista ao controlo da doença, e também à melhoria dos resultados da operação online”, lê-se no relatório financeiro.

Em 2022 o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado do grupo também melhorou (+144%) em relação a 2021, fixando-se nos 54,3 milhões de euros. Já as receitas de jogo totais (físico e online) ascenderam a 208,9 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 56,8%.

“Quando comparadas com 2019, período pré-pandemia, as receitas de jogo globais situam-se ainda num patamar 9,6% inferior ao registado naquele ano. (…) Em sentido contrário, as receitas de jogo online do grupo Estoril Sol apresentam taxas de crescimento positivo em todos os anos do quadriénio em análise, tendo registado em 2022 um crescimento de 12%”, explica a empresa responsável pela exploração dos casinos do Estoril, Lisboa e Póvoa do Varzim.

Perante estes números, o grupo fez a liquidação total do passivo bancário, que estava sobretudo parqueado na operação do casino da Póvoa do Varzim. Em causa está um crédito de 6,5 milhões de euros em 2020 e 8,9 milhões de euros no ano seguinte.