Os lucros anuais da Galp dispararam 93% para 881 milhões de euros em 2022 face a período homólogo.
O EBITDA da empresa atingiu os 3.840 milhões de euros, mais 66%, enquanto a geração de cash operacional atingiu os 2.788 milhões, mais 50%.
Já o free cash flow atingiu os 1.681 milhões de euros, mais 320%, “com a forte geração de cash conduzida pela performance operacional sob um ambiente macro favorável”.
Em 2022, a petrolífera liderada por Filipe Silva produziu um total de 127 mil barris diários de petróleo e gás, com uma margem de refinação média de 11,6 dólares por barril, mais 8,3 dólares face a 2021.
Olhando para as diferentes áreas de negócio, o segmento da produção de petróleo/gás gerou um EBITDA de 3.083 milhões de euros, mais mil milhões face a 2021. Nas renováveis, o EBITDA passou de negativo para 50 milhões. Na indústria/gestão de energia, o EBITDA passou de 64 milhões para 451 milhões. No segmento comercial, o EBITDA subiu 10 milhões para 298 milhões.
A dívida líquida caiu 802 milhões face ao final de 2021, tendo em conta dividendos de 420 milhões de euros e o programa de recompra de ações de 150 milhões.
A dívida líquida situa-se nos 1.555 milhões e a dívida líquida sobre o rácio atinge as 0,4 vezes.
O investimento registou 1.266 milhões de euros, com destaque para os projetos de produção de petróleo/gás, em particular Bacalhau, Tupi e Iracema no Brasil, a par do investimento nas renováveis, incluindo a compra da Titan Solar (140 milhões de euros).
Já o dividendo a pagar vai atingir os 52 cêntimos por ação, com a segunda metade de 26 cêntimos a ser paga depois da assembleia-geral de acionistas.
A petrolífera também vai lançar um programa de recompra de ações no valor de 500 milhões de euros.
A Galp também anunciou hoje que vai vender o seus ativos em Angola. A companhia espera gerar um total de 830 milhões de dólares com a operação.
A petrolífera assinou um acordo com a SOMOIL – Sociedade Petrolífera Angola para a venda do ativos de produção de petróleo.
“A operação deverá atingir os 830 milhões de dólares”, incluindo 655 milhões de dólares a serem recebidos até conclusão do negócios e 175 milhões em pagamentos contingentes em 2024 e 2025 dependendo do preço do Brent.
A empresa espera concluir a operação no segundo semestre de 2023.
“Esta transação permite à Galp cristalizar valor de ativos de produção maduros e apoia (…) a nossa estratégia de descarbonização. Estamos confiantes que a Somoil, já presente no Bloco 14, contribua fortemente para o desenvolvimento destes ativos da Galp”, segundo a empresa portuguesa.
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