Os lucros da Iberdrola subiram 12% para 4.339 milhões de euros em 2022 face a período homólogo. Os lucros subiram em todos os países onde a elétrica opera à exceção de Espanha onde registou uma queda de 19%, devido às “medidas regulatórias e fiscais e o aumento de custos que a empresa não passou aos seus clientes”.
O EBITDA cresceu 10% para mais de 13,2 mil milhões de euros com os Estados Unidos e o Brasil a compensarem o registo negativo em Espanha e a desaceleração no México, segundo o “Cínco Días”.
Em 2022, a empresa registou um número recorde de investimentos, mais de 10,7 milhões, uma subida de 21%, “superando os problemas atuais nas cadeias de abastecimento global”.
No total, 39% corresponde a investimento na UE, 25% nos Estados Unidos, 20% na América Latina e 13% no Reino Unido.
Em termos de produção de energia, o gás natural registou o maior aumento (61%), seguido do carvão (56%), solar (30%), nuclear (4%) e eólica (1%). Destaque para uma queda de 40% na energia hidroelétrica.
A elétrica espanhola alcançou um total de 40 mil megawatts renováveis operacionais em 2022, com outros 7.700 MW em operação nos próximos quatros anos, com destaque para 3.500 em eólica marítima.
A empresa propõe um dividendo de 0,49 euros por ação aos acionistas.
A energética espanhola inaugurou em Portugal em 2022 as centrais hidroelétricas de Gouvães e Daivões com uma potência total de 998 MW e que fazem parte do complexo hidroelétrico do Tâmega, faltando agora concluir a central do Alto Tâmega onde já começou a “finalização da construção do corpo da barragem e o início da montagem dos dois grupos (160 MW)”.
Na solar fotovoltaica em Portugal, a empresa arrancou com a operação da central Conde (14 MW), no distrito de Setúbal.
E “continuam os trabalhos nas centrais fotovoltaicas Alcochete I e II (46 MW), onde se finalizou a instalação de módulos”, segundo o comunicado ao mercado.
A espanhola conta agora com um total de 92 MW de eólica terrestre e 86 MW de solar fotovoltaica em Portugal, num total de 178 MW.
Em dezembro, a Iberdrola fechou um empréstimo com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no valor de 70 milhões de euros para o financiamento de várias centrais solares fotovoltaicas em Portugal.
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