A companhia de seguros espanhola presente em Portugal, a Mapfre, anunciou que o lucro atribuível totalizou 902 milhões de euros em 2024 a subirem 29% face ao ano anterior, após o impacto de 90 milhões decorrente da desvalorização do fundo de comércio da Verti Alemanha.
O resultado líquido da operação na Península Ibérica atingiu os 367 milhões de euros, um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior. Espanha e Portugal contribuíram com 350 milhões e 17 milhões, respetivamente.
Os prémios do grupo Mapfre em termos consolidados cresceram 4,5% (+6,6% a taxa de câmbio constante), ultrapassando os 28,12 mil milhões de euros, com avanços na maioria das linhas de negócios, enquanto as receitas atingiram 33,18 mil milhões.
Já o resultado técnico em Não Vida consolidou-se, com o rácio combinado a melhorar quase três pontos, para 94,4%, e uma maior contribuição dos resultados financeiros recorrentes (+5,5%).
A rentabilidade medida pelo ROE ajustado alcançou os 12%, e os fundos próprios cresceram 5,4%, situando-se acima de 8,5 mil milhões de euros.
A Mapfre detalha que a região da América do Norte “apresenta um importante aumento do resultado (+99 milhões de euros) consolidando as melhorias técnicas adotadas”.
Já a América Latina, que inclui o Brasil, continua a ser o maior contribuidor para o lucro do Grupo, contribuindo com 408 milhões de euros (+34 milhões do que um ano antes).
A Mapfre RE, que inclui o negócio de resseguros e riscos globais, regista um resultado histórico de 325 milhões de euros (+81 milhões).
A companhia de seguros diz que “sob as normas internacionais de contabilidade NIIF 17 e 9, o resultado atribuível alcança 968 milhões (+42,9%), o ROE supera 11,1% e os fundos próprios chegam a 8,889 mil milhões. de euros”.
Perante estas contas a Mapfre elevou o dividendo complementar para 9,5 cêntimos brutos por ação, totalizando um dividendo de 16 cêntimos referente ao exercício de 2024, o maior da história da companhia (+6,7% em relação ao ano anterior).
A Mapfre mantém liderança de mercado em 2024.
“Em 2023 registou-se um benefício extraordinário de 46,5 milhões que terá origem na rutura da aliança com o Bankia. Sem ter em conta este impacto, o crescimento do lucro teria ultrapassado os 17%, o que rondaria cerca de 52 milhões a mais face ao ano anterior”, refere a Mapfre.
Os prémios na zona Ibéria ultrapassam os 9.097 milhões em 2024 (traduzindo um aumento de 3% em relação ao ano anterior), dos quais Espanha contribui com 8.660 milhões (+1,6%). Em Portugal, os prémios apresentam um crescimento de 42,4%, impulsionados pelo forte crescimento no segmento de Vida.
Nesta zona os prémios de segmento Não Vida crescem 6,5% e refletem a evolução positiva da maioria dos ramos: Seguros Gerais (+6,8%) apoiado nos ramos de Multirriscos Habitação e Condomínios, Saúde e Acidentes (+6,5%) e Automóveis (+6,3%).
A queda dos prémios de Vida (-5,1%) foi impactada pela emissão excecional de Vida Poupança em 2023, enquanto os prémios de Vida Risco cresceram 3,8%, avança a seguradora.
“A DANA [acrónimo espanhol para fortes tempestades] teve um impacto de 27 milhões líquidos”, revela a companhia espanhola.
A posição favorável das rentabilidades da carteira de investimento continua a contribuir positivamente para o resultado financeiro. As mais-valias líquidas representaram 45,9 milhões de euros (73,5 milhões em 2023).
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com