Os lucros da REN dispararam 35% para cerca de 66 milhões de euros no primeiro semestre deste ano face ao período homólogo.
O resultado líquido subiu à boleia do aumento dos resultados financeiros (+5,2 milhões de euros), como resultado da redução da dívida líquida, e também efeitos fiscais positivos, que se refletiram uma redução de impostos (-19,0 milhões), anunciou hoje a empresa.
A companhia registou um EBITDA de 257 milhões de euros em linha com o homólogo, refletindo a “estabilidade tanto na atividade doméstica como no Chile”.
A companhia destaca a trajetória de crescimento do Capex, +11% para 150 milhões de euros.
Já os custos operacionais subiram 4% para 58 milhões, “refletindo o aumento dos custos de manutenção (+1,1 milhões de euros) e dos custos de eletricidade (+800 milhões), principalmente no Terminal de GNL de Sines, e ainda o crescimento do número de colaboradores, de 758 para 770 (+2%), mantendo-se em linha com o acréscimo da atividade operacional”.
Já a dívida líquida recuou 12% para os 2.340 milhões de euros, com o custo médio a recuar para 2,66%.
A companhia destaca que o consumo de eletricidade em Portugal atingiu o valor mais elevado de sempre no primeiro semestre deste ano: mais de 26 mil GWh, batendo o anterior recorde 2010.
As renováveis abasteceram 77% do consumo, com a hidroelétrica a representar 36%, a eólica 26%, a solar 11% e a biomassa 5%.
No gás natural, o consumo total subiu 10%, com o segmento de produção de eletricidade a mais do que duplicar, com o segmento convencional a contrair 8%, o valor mais baixo desde 2009.
Sobre o apagão, a companhia diz que já entregou “relatórios sobre o incidente às autoridades nacionais e europeias, estando a decorrer estudos mais detalhados sobre o evento”.
“No dia 28 de Abril, às 11.33 horas em Portugal, o Sistema Ibérico de Transporte de Eletricidade colapsou de forma abrupta, tendo já sido reconhecido que a origem do problema não foi na REN, nem no Sistema Elétrico Nacional. O protocolo de recuperação foi acionado de imediato e a recuperação foi total antes do final do dia, tendo a ENTSO reconhecido formalmente que a recuperação ibérica foi feita dentro dos melhores padrões de eficiência”, de acordo com a elétrica.
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