Lucros do BBVA sobem 19% para 2,2 mil milhões no primeiro trimestre

O Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) aumentou os lucros do primeiro trimestre em 19% para 2,2 mil milhões de euro, superando as estimativas dos analistas (1,95 mil milhões de euros), apesar do aumento de 41% nas provisões, ligeiramente acima das expectativas dos analistas. Excluindo os efeitos cambiais, o lucro teria aumentado 38%.

O BBVA beneficiou sobretudo com o desempenho do mercado doméstico, onde os lucros subiram 37%.

A rentabilidade dos capitais próprios, medida pelo ROE, melhorou em 1,4 pontos percentuais, para 16,9%. Quando medida pelo ROTE (rentabilidade dos capitais próprios tangíveis) melhorou de 17% no final de 2023 para de 17,7% no trimestre. Enquanto o retorno sobre os ativos (ROA) subiu de 1,11 para 1,19%.

O objetivo do grupo BBVA é atingir um ROTE de 20% em 2024.

O aumento do lucro surgiu apesar de, neste primeiro trimestre, o banco ter registado ao nível contabilístico o total do imposto especial sobre a banca no valor de 285 milhões de euros, o que representa mais 26,6% do que o valor pago no ano passado.

A margem financeira aumentou 15,4%, até aos 6.512 milhões de euros, beneficiando do contexto de elevadas taxas de juro. Mais uma vez, excluídos os efeitos cambiais, a subida teria sido de 24,5%.

A margem bruta aumentou 18,1%, para 8.218 milhões, impulsionada também pela geração de comissões, especialmente no negócio de pagamentos e gestão de ativos. Por geografia, o banco destaca a contribuição da Turquia e do México nas comissões.

As receitas recorrentes do banco aumentaram 19%, suportadas pelo impulso do negócio de crédito e pela aquisição de 2,8 milhões de clientes, dos quais 67% acederam ao BBVA através de canais digitais. Em relação ao final de 2023, o crédito aumentou 3% e os recursos geridos de clientes cresceram 6,4%, com expansões de 5,6% nos depósitos e de 8,5% nos recursos fora de balanço.