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Lucros do BCP disparam 79,7% para 153,8 milhões no primeiro trimestre

Os lucros líquidos do Millennium bcp no primeiro trimestre do ano cresceram 79,7%, em termos homólogos, para 153,8 milhões, anunciou o CEO do banco, Miguel Maya, há minutos. Destaque para os lucros do BCP no mercado nacional, que mais do que duplicaram (+112%), em igual período, fixando-se em 94,3 milhões.
João Relvas/Lusa
9 Maio 2019, 17h08

Os lucros líquidos do Millennium bcp no primeiro trimestre do ano cresceram 79,7%, em termos homólogos, para 153,8 milhões, anunciou o CEO do banco, Miguel Maya, há minutos. Destaque para os lucros do BCP no mercado nacional, que mais do que duplicaram (+112%), em igual período, fixando-se em 94,3 milhões.

O produto bancário, que inclui a margem financeira, as comissões e os resultados de trading, registou uma evolução positiva, tendo crescido, em igual período, acima dos 11%, para cerca de 598 milhões, e teve um impacto de cerca de 60% no resultado.

Os resultados em operações financeiras totalizaram 60,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2019, apresentando um aumento significativo (75,1%), face aos 34,4 milhões de euros apurados nos primeiros três meses de 2018. Esta evolução traduz maioritariamente o desempenho da atividade em Portugal, por via dos ganhos gerados com a alienação de títulos e dos menores custos suportados com a alienação de crédito.

Os outros proveitos de exploração líquidos, que, entre outros, incorporam os custos relacionados com as contribuições obrigatórias dos bancos e com os fundos de garantia de depósitos e de resolução, evoluíram de 29,1 milhões negativos contabilizados no primeiro trimestre de 2018 para 10,6 milhões de euros também negativos registados nos três primeiros meses de 2019, alicerçados no bom desempenho da atividade em Portugal.

Na qualidade dos ativos, destaque para a queda de cerca de 2 milhões do stock dos ativos não performantes em doze meses, que caíram de 7,1 mil milhões para 5,2 mil milhões. Bem como a melhoria do custo do risco (68 pontos base no 1.º trimestre de 2019), reforço da cobertura dos NPE por imparidades para 55% e da cobertura total para 110%.

Nas contas consolidadas as imparidades para crédito caíram de 106 milhões em maço de 2018 para 86,5 milhões em março de 2019. Em Portugal, as imparidades descem de 89 milhões para 68 milhões.

Em termos de stock de imparidades, o banco, em Portugal conseguiu uma redução de 1,8 mil milhões (de 6.286 milhões em março de 2018 para 4.437 milhões em março deste ano), ou -29,4%.

Em termos consolidados a queda das imparidades foi de 1,9 mil milhões, de 7.122 milhões para 5.178 milhões (-27,3%).

O rácio de Non-Performing Exposures / Crédito a clientes caiu de 14,0% em março de 2018 para 10,1% em março de 2019.

A margem financeira situou-se nos 362,7 milhões, o que significa um crescimento homólogo de 5,2%. Miguel Maya destacou a estabilização da taxa da margem de financeira, que se situou nos 2,2%, o mesmo que tinha sido registado há um ano atrás.

Já as receitas com as comissões decresceram 0,7%, para 166,6 milhões, abaixo do registado no primeiro trimestre do ano passado. Isto significa que as receitas das atividades core do BCP ascenderam a 529,3 milhões, isto é, um crescimento homólogo de 3,3%.

De acordo com o comunicado apresentado pelo BCP, “em Portugal, o crescimento do negócio bancário mais do que [compensou] a evolução menos favorável das comissões de mercados de capitais”.

Na actividade portuguesa, as receitas com as comissões cresceram 1,7% para cerca de 115 milhões, sendo que as comissões bancárias ascenderam a 104 milhões. As receitas com comissões de operações internacionais caíram 5,6%, para 51,7 milhões.

Os resultados de trading cresceram mais de 171%, para 68,3 milhões. Em Portugal, as receitas com o trading subiram de 28,2 milhões para 66,4 milhões. Miguel Maya explicou que esta diferença prende-se com a dívida pública nacional e com a venda da carteira de ativos, nomeadamente títulos de empresas.

O rácio de rentabilidade dos capitais próprios, o return on equity (ROE), ficou em 10,6%, o que compara com registado no primeiro trimestre de 2018, que se fixou nos 6,1%.

Os custos operacionais correntes subiram 4,5%, para 253,5 milhões, em especial com uma subida absoluta de 10 milhões de euros dos custos com o pessoal, que ascenderam a 152,2 milhões, sendo que inclui um custo não habitual em Portugal de 6 milhões. Os custos administrativos caíram para 80,5 milhões, mas os custos com as amortizações cresceram para 26,8 milhões, isto é, 12,6 milhões acima do registado no primeiro trimestre do ano passado.

O rácio de eficiência cost-to-income, situou-se nos 49% e, segundo o comunicado, faz do BCP “um dos bancos mais eficientes na Zona Euro”. Em relação aos bancos concorrentes no mercado nacional, de acordo com os dados apresentados pelo BCP, o banco liderado por Miguel Maya é o mais eficiente, a par de outro banco, que não foi determinado, e ficou abaixo da média de eficiência em Portugal, que se fixou nos 57%.

Em relação à banca da Zona Euro, o BCP ficou abaixo da média europeia (76%), e abaixo da média apresentada pela banca espanhola (56%), italiana (80%), alemã (96%) e francesa (91%).

O rácio de capital common equity tier 1 foi de 12,7% e o rácio total de 15,2%, o que traduz uma folga de 883 milhões face aos requisitos impostos pelo Banco Central Europeu.

No balanço destaque para o crescimento do negócio, com aumento do crédito performing em 2,4 mil milhões e dos recursos totais de Clientes em 3,7 mil milhões face a 31 de março de 2018. O banco tem mais 326 mil Clientes ativos face a 31 de março de 2018, com acréscimo de 134 mil Clientes em Portugal.

Subida também dos recursos totais de clientes em 3,7 mil milhões de euros face a 31 de março de 2018.

(atualizada)

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