O BPI obteve lucros de 327 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um aumento de 28% face aos 256 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, com a rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) recorrente a subir para 19%. A atividade em Portugal contribuiu com 268 milhões de euros para este resultado.
O produto bancário cresceu 18%, face ao período homólogo, para 669 milhões de euros, com a margem financeira a avançar 13% para 491 milhões de euros. Uma evolução que se deve ao “repricing do crédito com indexantes superiores aos do período homólogo, parcialmente compensado pelo aumento do custo dos depósitos”, refere o banco num comunicado enviado esta quarta-feira à CMVM, indicando ainda que, “em 2024, a margem financeira mantém-se estável em cadeia”.
Por outro lado, as comissões cresceram 14% para 168 milhões de euros no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, devido a um “ganho oneoff que resultou da liquidação antecipada da participação em resultados de apólices de seguros comercializadas em anos anteriores – comissões estáveis excluindo aquele impacto”.
Já os custos de estrutura recorrentes mantiveram-se estáveis face ao período homólogo, refere o banco. Os custos com pessoal e os gastos gerais administrativos aumentaram 2% e as depreciações e amortizações diminuíram 9%. O rácio de eficiência (cost-to-income) situou-se nos 37% em junho.
A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 2% em termos homólogos, para 30,3 mil milhões de euros. A carteira de crédito à habitação cresceu 2%, para 14,7 mil milhões de euros. A contratação de habitação mantém-se acima de 600 milhões de euros nos últimos seis trimestres, indica o BPI, detalhando que a taxa mista representa 60% dos novos contratos de crédito à habitação no primeiro semestre de 2024 e a taxa fixa 21%.
Do lado das empresas, carteira de crédito cresceu 5% face ao mesmo período do ano passado, para 11,7 mil milhões de euros.
Em termos da qualidade do crédito, o rácio de crédito malparado situava-se nos 1,7%. As imparidades de crédito líquidas de recuperações situaram-se em 4 milhões de euros no semestre.
Os recursos totais de clientes aumentaram 5% para 39,3 mil milhões de euros, com os depósitos a crescerem 6% para 30,4 mil milhões de euros. Já os recursos fora do balanço (fundos de investimento, seguros de capitalização e outros) registaram uma subida de 1%, para 8,9 mil milhões de euros.
A nível dos rácios de capital, o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa indica que o CET1 fixou-se nos 13,8%.
Notícia atualizada
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