O Santander Portugal obteve lucros de 778,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa um aumento de 25% em comparação com os 621,7 milhões de euros alcançados no período homólogo. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) foi reforçada para 23,9%.
Neste período, o produto bancário subiu 14,5% em termos homólogos, para 1.612,3 milhões de euros, à boleia de um crescimento de 20,5% da margem financeira que “continua a beneficiar da subida das taxas de juro de referência executada até setembro de 2023, mas a um ritmo progressivamente menor” perante a descida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu, indica o banco num comunicado divulgado esta terça-feira.
A inversão da política monetária “começa a afetar a dinâmica intra-anual da margem, que se traduz numa redução face quer ao pico, observado no quarto trimestre de 2023, quer ao trimestre anterior”, admite a instituição financeira liderada por Pedro Castro e Almeida.
Já as comissões líquidas totalizam 345 milhões de euros, estáveis face ao mesmo período do ano passado. “A estabilidade reflete dois efeitos de sinal oposto. Por um lado, um crescimento relativamente generalizado nas comissões relacionadas com a atividade de clientes, em especial as de crédito, de fundos de investimento e de seguros. Por outro lado, e mantendo a habitual volatilidade, um menor volume de comissões relacionadas com assessoria financeira comparativamente com o observado no ano passado”, explica o Santander.
Os custos operacionais cresceram 0,6% para 389,8 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 2,5% nos primeiros nove meses. “O banco manteve um estrito foco na eficiência operacional, beneficiando do processo de transformação comercial e digital que tem vindo a executar nos últimos anos, agora mais orientado para a contínua otimização de processos e melhoria da experiência do cliente”, referiu.
No final de setembro de 2024, o crédito (bruto) cresceu 6,6% para 47,9 mil milhões de euros, com a carteira de crédito hipotecário a aumentar 3,9% em termos homólogos, para 23 mil milhões de euros. O crédito ao consumo cresceu 7,8% para 1,9 mil milhões de euros. Neste período, o rácio de Non-Performing Exposure (NPE), que inclui o crédito malparado, situou-se em 1,7%.
Por outro lado, os recursos de clientes cresceram 5,5% face a setembro de 2023, para 45,6 mil milhões de euros. Os depósitos cresceram 4,2%, para 37 mil milhões de euros, enquanto os recursos fora de balanço aumentaram 11,7% face ao período homólogo: os fundos de investimento cresceram 14,8% e os seguros de capitalização e outros recursos 8,2%.
Em termos dos rácios de capital, o rácio Common Equity Tier 1 (CET1) situou-se em 16,7% (fully implemented), no final de setembro de 2024, um acréscimo de 0,4 pontos percentuais face ao mesmo período de 2023.
Notícia atualizada
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