Os lucros das cotadas no PSI recuaram 5% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo, totalizando 1.300 milhões de euros.
A maior queda percentual foi registada pela Ibersol (-289%, para -3,5 milhões de euros), seguida pela Galp (-43%, para 192 milhões) e pela Altri (-65%, para 7,6 milhões).
Do lado das valorizações, destaque para a REN, que disparou 290%, para 14 milhões, para a SONAE, com uma subida de 77%, para 43 milhões, e para a Mota-Engil, que ganhou 37%, totalizando 27 milhões.
Olhando para os resultados totais, a EDP lidera com 428 milhões (+21%), seguida do BCP com 243 milhões (+4%), a Galp com 192 milhões, a Jerónimo Martins com 127 milhões (-31%) e a NOS com 59 milhões (-13%), segundo a análise feita pela Maxyield – Clube dos Pequenos Acionistas.
Os rendimentos do PSI subiram 5%, de 24,8 mil milhões para 26 mil milhões de euros.
“Esta evolução global positiva é acompanhada pela diminuição das vendas e prestações de serviços de sociedades com forte componente internacional, envolvendo a C. Amorim, a Navigator, a Altri e a Galp”, segundo a Maxyield.
A liderar as vendas estão a Jerónimo Martins, Galp, EDP, Sonae e Mota-Engil, que, em conjunto, representam mais de 80% dos rendimentos do índice principal da bolsa de Lisboa.
Olhando para o EBITDA global, este recuou 2%, para os 4,9 mil milhões de euros, com a Altri, Corticeira Amorim, Galp, Navigator e a Semapa a baixarem o valor do EBITDA.
Em termos de rentabilidade comercial (EBITDA/Rendimentos), esta recuou de 20,1% para 18,7% no primeiro trimestre. Do total, 10 sociedades “baixaram a margem EBITDA”, envolvendo a Altri, o BCP, a C. Amorim, a EDP, a EDP Renováveis, a Galp, a Navigator, a NOS, a REN e a Semapa.
Já as sociedades com maior nível de margem EBITDA são a EDP Renováveis, BCP, REN, NOS e EDP, com as margens mais baixas a serem registadas pela Jerónimo Martins e Sonae.
As papeleiras “apresentam uma margem EBITDA acima do valor médio do universo empresarial PSI”.
Em termos de Capex total, recuou para menos de 2,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 86% do valor realizado no período homólogo.
A Ibersol, Jerónimo Martins, NOS e REN aumentaram o Capex.
Em termos de cashflow bruto de exploração (origens de fundos gerados internamente), este subiu de 2,7 mil milhões para 2,9 mil milhões.
“O nível do Cashflow Bruto de Exploração traduz uma elevada capacidade de autofinanciamento do investimento realizado em ativos fixos”, segundo o Clube dos Pequenos Acionistas.
Oito sociedades registaram um aumento do cashflow bruto de exploração: C. Amorim, EDP, EDP Renováveis, Ibersol, Jerónimo Martins, REN, Semapa e Sonae. Apenas a EDP Renováveis apresenta um cashflow bruto de exploração inferior ao Capex realizado.
Já a dívida líquida total atingiu quase 47 mil milhões de euros, mais 8% face ao primeiro trimestre do ano passado.
Oito sociedades registaram subidas: CTT, EDP, EDP Renováveis, Ibersol, Jerónimo Martins, Navigator, Semapa e Sonae.
Assim, o rácio dívida líquida total/EBITDA subiu de 2,65 para 2,96 este ano.
“As sociedades com rácio Dívida Líquida Total / EBITDA superior à média do mercado são a EDP, a EDP Renováveis, a REN e a Sonae”, segundo a Maxyield.
Por sua vez, a Galp é a companhia do PSI com “menor rácio Dívida Líquida Total / EBITDA e com valor inferior a 1 (um)”.
No caso da Sonae, é a única sociedade que, tendo aumentado a “Dívida Líquida Total, apresenta uma diminuição do rácio Dívida Líquida Total / EBITDA”.
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