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Lula da Silva em Portugal: “retratação não apaga declarações”, diz Marques Mendes

“Foi um esforço” meritório, o do recentrar as declarações sobre a Ucrânia proferidas na China. Mas, para lá de toda a polémica, o país tem o dever de, não esquecendo, receber o presidente do Brasil com “toda a dignidade”, diz o antigo lider dos social-democratas.
21 Abril 2023, 16h00

As ondas de choque que da união Europeia e dos Estados Unidos foram levantadas pelas declarações do presidente brasileiro Lula da Silva a propósito da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, envolveram a sua visita a Portugal num manto de incerteza. Que só veio adensar ainda mais o qui pro quo político que já havia sido criado pela eventualidade da sua participação como palestrante nas comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República.

Um tema que começou torto, mas que o analista Luís Marques Mendes entende que não deve cair no resto do refrão: tarde ou nuca se endireita. “O presidente do Brasil deve ser recebido em Portugal com toda a dignidade. Porque é o presidente do Brasil, ponto. O Brasil é um país irmão, é um país amigo, é um país fundamental para a política externa nacional”, refere em declarações ao JE.

Portanto, prossegue, “com divergência ou sem divergência”, deve ser bem recebido – não pode haver qualquer dúvida”. Mas, daí a esquecer o que Lula da Silva disse durante a sua deslocação à China – nomeadamente a parte, a mais sensível, em que afirmou que a União Europeia era um contribuinte líquido para a eternização do estado de guerra, vai uma grande distância. “Os responsáveis políticos devem dizer ao presidente Lula da Silva, com toda a elegância – sublinho, com toda a elegância – mas também de forma frontal, que Portugal, nesta matéria da Ucrânia, pensa diferente do Brasil”, frisa.

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