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Lusíadas Saúde lança app com check-in automático e tempo de espera real

Com mais de 100 mil utilizadores diários, a Lusíadas Saúde quis melhorar as funcionalidades da sua aplicação digital, dando aos clientes a possibilidade de fazer check-in online, visualizar tempos de espera em tempo real e permitir métodos de pagamento simplificados.
Simão Freire Lusíadas Saúde
Simão Freire, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde
9 Janeiro 2025, 07h00

O grupo de saúde privado Lusíadas Saúde continua a inovar, desta vez na sua aplicação móvel. A Lusíadas Saúde revela esta quinta-feira uma nova versão da app digital e também do portal +Lusíadas, por forma a ser mais intuitiva e acessível para os seus clientes, tendo ainda funcionalidades otimizadas.

Ao Jornal Económico, Simão Freire, Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde, diz que estes dois lançamentos “fazem parte de um investimento numa plataforma omnicanal de âmbito alargado, que tem como objetivo otimizar a experiência dos nossos clientes e profissionais nos vários canais”.

O responsável descreve esta aposta como um “meio caminho”, uma vez que o call center já tinha sofrido alterações e agora chega a vez da app e do portal. “Nos próximos tempos transformaremos os nossos kiosks e o nosso front-office”, revela Simão Freire.

E a quem se dirigem estas melhorias? “Temos, neste momento, mais de 100 mil utilizadores mensais da nossa app, que sabemos que têm expectativas crescentes”. Trata-se então de uma transformação digital na prestação deste grupo de saúde.

Simão Freire revela que a app foi desenvolvida consoante o feedback que era dado pelos seus utilizadores e que as integrações das suas necessidades surgiram daí. “Entre as principais necessidades identificadas destaco a eficiência no processo de check-in automático, a possibilidade de visualizar tempos de espera em tempo real e de permitir métodos de pagamento simplificados, como a integração do MB Way, que facilitam o processo de finalização de qualquer ato clínico”, indica o responsável.

Esta nova versão também permite uma gestão independente dos elementos do agregado familiar, algo que os utilizadores da plataforma apontavam. Isto também é possível porque há todo um novo processo de adesão (utilizadores existentes não têm de se inscrever novamente), que inclui o preenchimento dos dados pessoais completos logo no primeiro acesso, o que permite configurar o perfil, juntando segurança à personalização do serviço

Mas há mesmo inovação, questionamos: “de uma forma muito simplificada não acrescentámos por agora funcionalidades disruptivas, mas otimizámos muito a maneira como o cliente as aciona e sobretudo a performance de cada operação”.

Sobre apps de grupos concorrentes, o Chief Transformation Officer da Lusíadas Saúde diz-nos que “as aplicações do setor da saúde em Portugal têm já uma maturidade interessante quando comparadas com outros mercados”. Contudo, “é importante perceber que uma aplicação em saúde não é (ou não tem de ser) de utilização diária e, portanto, os desafios são enormes”.

Como o utilizador não interage com app base numa base diária, a Lusíadas Saúde focou-se “em criar uma experiência intuitiva e de familiaridade com a nossa app que não se perca com alguns dias de não utilização. E, por isso, o portal é exatamente igual à app”, permitindo uma gestão mais fluída e intuitiva dos dois serviços.

O grupo ambiciona “continuar a expandir as funcionalidades do portal e da app, “com o objetivo de oferecer uma experiência ainda mais integrada e conveniente”. “Estamos a explorar novas funcionalidades que permitam uma maior interação com os profissionais de saúde, o agendamento simplificado de exames e consultas, e a integração de plataformas e informações relevantes de forma segura e acessível”, adianta ao JE.

No fundo, Simão Freire revela que estas plataformas devem “evoluir para um verdadeiro ecossistema de saúde em que o cliente resolve não só as suas necessidades imediatas, mas também tem acesso a ferramentas de acompanhamento e monitorização proativa da sua saúde”.

Com a Inteligência Artificial também a tentar domar o setor da saúde, onde os players privados vão à frente, o Chief Transformation Officer garante o empenho em continuar a inovar nesse sentido. Por isso dá como exemplo a criação da Lusi, lançado em 2022 para ser a primeira assistente por voz para marcação de consultas a nível mundial”. “Além disso, temos integrado tecnologias avançadas que já utilizam Inteligência Artificial sempre que vemos uma oportunidade e nos faz sentido clínica e operacionalmente”, explica.

Sobre a necessidade da digitalização e inovação no setor da saúde em Portugal, onde a segurança dos clientes se mantém como a principal preocupação, Simão Freire defende que estes dois temas “são uma obrigação de qualquer player de saúde em Portugal e no mundo. Diria até que todos os esforços vão ser poucos”.

“Considero que a grande transformação necessária é ao nível da escalabilidade da medicina. Precisamos de usar todas as ferramentas ao nosso alcance (digitalização, inovação, Inteligência Artificial, etc.) para tornar a medicina escalável em termos de recursos materiais e humanos. Acredito que teremos uma medicina verdadeiramente escalável quando a saúde do dia-a-dia for gerida de forma preventiva e desmaterializada, garantindo que os recursos materiais e humanos só serão ativados em caso de necessidade real. Na minha visão este será o caminho para o qual caminhamos. Dito isto, e à velocidade que a tecnologia avança, acho que o futuro nunca mais vai poder ser imaginado por alguém com grande antecedência. O desafio é prepararmo-nos para algo que ninguém sabe muito bem como vai ser”, considera.

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