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Luz Saúde “tem dimensão” para entrar no PSI, diz líder da bolsa nacional

Luz Saúde saiu em 2018 e prepara regresso, mas ainda não há data.
22 Fevereiro 2024, 13h52

A líder da bolsa nacional disse hoje que a Luz Saúde “tem dimensão” para entrar no PSI, num momento em que o acionista da companhia já deu vários passos para a oferta pública inicial (IPO), mas ainda sem data.

“Pode entrar, é uma empresa com dimensão para entrar no índice”, disse hoje Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa num encontro com jornalistas, adiantando que não tem novidades nesse sentido e que a decisão ainda terá de ser tomada pela empresa.

Recorde-se que a assembleia-geral de acionistas da Fidelidade aprovou em dezembro o regresso da Luz Saúde ao mercado de capitais.

O jornal espanhol Expansion adiantou em junho de 2023 que a Fidelidade queria colocar até 40% do capital da empresa em bolsa, esperando angariar 400 milhões de euros na operação.

A Fidelidade, detida pelos chineses da Fosun, já escolheu o Citi e o UBS para liderar a colocação da empresa em bolsa.

Recorde-se que a Luz Saúde, liderada por Isabel Vaz, saiu do mercado em 2018, e poderá regressar agora no início deste ano.

O grupo é liderado por Guo Guangchang, de 56 anos, que tem um património líquido calculado pela Forbes em 4 mil milhões de dólares, em 2023, cerca de metade do valor que tinha em 2018, como resultado de uma queda no preço dos ativos na China, incluindo ações e imobiliário.

A Luz Saúde gere 30 hospitais, clínicas e unidades de saúde. Em 2022, registou resultados operacionais de 600 milhões de euros (mais 11% face a 2021), com o EBITDA a disparar 27% para 82 milhões de euros. Os dados de 2023 ainda não foram revelados.

Ao mesmo tempo, a Fidelidade tem vindo a estudar a realização de uma oferta pública inicial (IPO) em bolsa abrangendo uma percentagem minoritária do capital, conforme revelou o Jornal Económico a 26 de janeiro.

A seguradora foi o primeiro ativo que a Fosun comprou, em 2014, num capital partilhado com a Caixa Geral de Depósitos, detendo uma participação de 15%.

O conglomerado chinês soma uma dívida de cerca de 30 mil milhões de euros e a emissão de títulos tornou-se mais cara, após várias empresas chinesas terem entrado em incumprimento, incluindo a Evergrande, a segunda maior construtora da China.

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