A Lyft, uma plataforma de mobilidade norte-americana, concorrente da Uber, iniciou o processo de entrada em bolsa depois te ter entregue o prospecto na Securities Exchange Commission (SEC), a reguladora dos mercados mobiliários dos Estados Unidos.
Segundo o diário britânico Financial Times, a empresa fundada em cidade de São Francisco, pretende atrair os investidores. Apesar de ter registado prejuízos de 911,3 milhões de dólares, a Lyft anunciou no prospeto que triplicou o número de utilizadores, em apenas dois anos e meio, para 18,6 milhões, e duplicou as receitas para mais de 2,1 mil milhões de dólares no último ano.
O prospeto não especificou quantas ações serão colocadas, nem a que preço. No entanto, em 2018, na última ronda de financiamento, que culminou com o levantamento de 600 milhões de dólares, a Lyft foi avaliada em 14,5 mil milhões de dólares. No total, desde que foi fundada, em 2012, a concorrente da Uber já levantou 5 mil milhões de dólares.
A Lyft pretende entrar em bolsa de forma a que os seus fundadores mantenham controlo sobre a estratégia da empresa. Logan Green, atualmente CEO, e John Zimmer, o presidente, terão ações de classe B, com 20 votos cada, conferindo-lhes maior poder de voto.
Entre os grandes investidores da Lyft, incluem-se a General Motors, a japonesa Rakuten ou a Alphabet, dona da Google.
De acordo com o prospeto, a Lyft deu a possibilidade aos motoristas de comprarem ações quando a empresa entrar em bolsa. Uma vez que a Lyft os considera como trabalhadores independentes, não lhes pode conferir o direito de comprar ações.
Assim, a empresa desenvolveu um mecanismo através do qual poderá ‘compensar’ os motoristas: os que já realizaram dez mil viagens, receberão mil dólares, com os quais poderão comprar ações; os que já realizaram vinte mil viagens, receberão dez mil dólares, com a mesma opção.
A Lyft opera em mais de 300 cidades entre os EUA e o Canadá.
O jornal britânico também noticia que a Uber já entregou o prospeto confidencial na SEC para entrar em bolsa. Fundada em 2009 por Travis Kalanick, entretanto afastado da empresa, a Uber já levantou 24 mil milhões de dólares e foi avaliada, em agosto do ano passado, em 76 mil milhões de dólares.
“Diz-se que espera uma avaliação de 100 mil milhões de dólares” quando entrar em bolsa, lê-se na publicação.
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