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MacBook Pro: A arte do Computador

Tal como nos iPhone 7, a Apple decidiu que existem peças demasiado antiquadas para figurarem nos novos MacBook Pro. Como as portas USB, por exemplo. Entre algumas novidades bem inovadoras, como a Touch Bar.
7 Novembro 2016, 11h11

A Touch Bar é capaz de ser a característica mais marcante dos novos MacBook Pro da Apple. No topo do teclado, onde antes estavam as teclas de funções, surge agora um pequeno ecrã OLED em forma de tira, com uma série de atalhos dedicados à tarefa em mãos. Estas ferramentas mudam automaticamente, consoante a atividade, e basta um toque (daí o nome) para escolher entre atalhos, sugestões de texto, controlar a música, explorar e editar fotografias, percorrer linhas temporais de vídeos, etc, etc. Se recorrer à realidade aumentada, aqui na página, pode assistir a uma breve explicação sobre a Touch Bar dada pelo próprio Jony Ive, o afamado diretor de design da Apple. É realmente muito mais intuitivo e fácil de usar que os velhinhos F’s 1,2,3,4…

No fim de barra surge também o Touch ID – um leitor de impressões digitais – que permite fazer pagamentos, iniciar a sessão e mesmo trocar de utilizadores, da forma mais fácil e conveniente possível. A propósito, o botão ligar/desligar, também desapareceu: fechar ou abrir a tampa tem o mesmo efeito.

Visualmente, os novos MacBook Pro são peças de design lindíssimas, mais bonitos ainda do que as versões anteriores. E estão mais finos, uns meros 14,9 e 15,5 mm de espessura para as versões de 13’’ e 15’’. Tão finos que a Apple decidiu descontinuar os Air na sua linha de produtos.

O mais surpreendente foi a decisão de deixar cair as “normais” portas USB. Cada MacBook Pro vem agora com duas ou quatro entradas Thunderbolt 3 (ou USB Type-C), mas será que o mundo preparado para isso? Basta pensar em tudo o que liga normalmente ao computador… A norma tem inúmeras vantagens sobre a versão normal, isso é certo, mas está apenas agora a surgir nos telemóveis – e não no da Apple – sendo esses fios continua, a ter a ligação USB normal no extremo oposto. Parece-nos pois demasiado cedo para dispensar a velha entrada, e a consequência final será ter ainda de investir em adaptadores – o que não só não é prático como estraga o look minimalista do Mac. Como estas ligações permitem também carregar o Mac, outra entrada que desapareceu foi a de energia o que, mais uma vez, levanta um problema.

O MacBook Pro foi apresentado em diferentes versões. Seja pelo tamanho ( 13’ ou 15’), seja pelas características técnicas. Melhor ou pior processador, mais ou menos memória (RAM e de  armazenamento) e, pelo meio, mais ou menos portas de entrada. A maioria das versões vem com quatro portas mas a versão mais fraca tem apenas duas, pelo que se inutilizamos uma com o carregamento, só sobra outra, o que é claramente curto.

Outra novidade – e agora claramente positiva – é o TouchPad, que está muito maior – praticamente o dobro do anterior – e possui uma tecnologia de reconhecimento de “palmas de mão”. Já não controlam nada pelo que pode descansar as mãos sobre a base que não faz diferença.

Quanto a preços, a versão mais barata (13’’, 2 USB-C, 256 Gb, 8 GB Ram) custa 1750 euros. E não vem com TouchBar. O primeiro modelo a apresentar essa configuração começa nos 2100 euros, mas traz também as tais 4 portas USB-C). A partir daí os preços vão subindo até á versão de topo, com 15’’ de ecrã, Intel i7, 512 GB de Memória e 16 GB de RAM. Essa custa já 3300 euros.

Alternativas à altura

Seja pela falta de entradas USB, pelo preço ou por qualquer outro motivo, se não está muito feliz com o novo MacBok Pro pode ser interessante olhar para estas alternativas do lado dos PC. São igualmente poderosos, bonitos e, na maioria dos casos, bem menos dispendiosos.

Dell XPS 13. É o mais pequeno PC de 13″ do planeta, com um monitor InfinityEdge, que praticamente não tem moldura. É o que permite otimizar o espaço. É fino (15 mm) e leve (1.2 kg) e tem a última geração de processadores da Intel. As memórias SSD estão disponíveis entre 128 e 1 TR. O preço começa nos 1100 euros

Microsoft Surface Book. Começa a ser comercializado algures este mês nos EUA e terá um preço de 2300 dólares, qualquer coisa como 2180 euros. Por cá deverá custar um pouco mais. Mas tem os processadores mais poderosos e a versatilidade de ser um tablet ou um PC.

Lenovo Yoga 910. Tal como o Microsoft é um híbrido, PC/Tablet muito fácil de utilizar e com imenso estilo. É fino, com um corpo totalmente em alumínio, ecrã 4 K e os mais recentes processadores Intel. Ainda não tem preço em Portugal mas nos EUA começa nos 1330 dólares.

HP Spectre 360. No topo da linha Premium da HP, o Spectre é construído em alumínio e fibra de carbono e mede apenas(!) 10,4 mm de espessura. É elegante e luxuoso mas também poderosíssimo – pelo menos tão poderoso como o Mac – e ainda tem colunas Bang & Olufsen. O preço começa nos 1250 euros.

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