A atividade económica subiu 1,2%, em setembro, de acordo com os dados da Direção Regional de Estatística (DREM). No mês passado a subida tinha sido de 1% e no período homólogo o crescimento foi de 2,9%.
“O desempenho do sector de turismo contribuiu para o crescimento económico, uma vez que as dormidas (excluindo o alojamento local abaixo de 10 camas) aumentaram 0,7%, em setembro de 2024 (1,5% em agosto anterior). De notar ainda que os proveitos totais no alojamento turístico observaram um incremento de 13,6%, igual ao do mês precedente”, explica a DREM.
O instituto de estatística referiu que esta subida da atividade económica da Região se deveu também aos indicadores da emissão de energia elétrica, “um indicador normalmente associado à evolução da atividade económica, cresceu 1,6%, em setembro de 2024 (1,1% no mês anterior)”.
A influenciar a atividade económica da Região esteve também a introdução no consumo de gasóleo que “recuou 0,2%, uma queda inferior à de 0,4% ocorrida em agosto último” e também “a relação entre as sociedades constituídas e dissolvidas, verifica-se que, em setembro de 2024, foram criadas 3,2 novas sociedades por cada sociedade dissolvida na Região, uma proporção superior à registada no mês anterior (2,3)”.
No que diz respeito aos indicadores qualitativos, a DREM salientou que “os indicadores de confiança disponíveis, para setembro de 2024, em comparação com o mês anterior, mostram um aumento no sector da construção e obras públicas e diminuições nos setores do comércio, indústria transformadora e serviços”.
No consumo privado, a DREM salientou que um dos indicadores que reflete a evolução do consumo privado é o volume de operações na rede SIBS com cartões emitidos por bancos nacionais.
“Analisando o total de levantamentos em caixas multibanco e as compras realizadas com cartões nacionais em terminais de pagamento automático, verificou-se um crescimento de 5,9%, em setembro de 2024, ligeiramente acima dos 5,7% registados no mês anterior. O consumo de gasolina abrandou ligeiramente, registando um aumento de 9,6%, em setembro de 2024, face aos 10,5% de agosto deste ano. Por outro lado, as aquisições de automóveis ligeiros de passageiros por residentes aumentaram 4,7%, abaixo do crescimento de 5,1% verificado no mês anterior. O saldo dos empréstimos ao consumo concedidos a famílias e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias acelerou 6,3%, em setembro de 2024, interrompendo um ciclo de 12 meses sempre em queda (-11,8% no mês anterior)”, descreveu o instituto de estatística regional.
Nos indicadores do investimento, a DREM sublinha que no campo positivo estiveram “as vendas de automóveis ligeiros de mercadorias, que cresceram 23,2% (-17,6% no mês anterior), a avaliação bancária de habitação, que subiu 13,8% (em comparação com os 15,9% do mês anterior), o saldo dos empréstimos concedidos às famílias para habitação, que aumentou 1,8% (face aos 1,2% em agosto) e a comercialização de cimento, que registou um crescimento de 5,8%, após uma subida de 9,8% em agosto de 2024”.
Em quebra esteve “o saldo dos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras, que recuou 6,5% (-7,7% em agosto de 2024) e o licenciamento de edifícios, que sofreu uma diminuição de 16,5% (-34,3% no mês anterior)”.
Na procura externa, a DREM sublinha que apesar do comércio com o estrangeiro “representar apenas uma pequena parcela” do comércio global realizado pela Região (a maior parte do qual é com o Continente), ” as exportações (32,5%; 23,8% em agosto anterior) como as importações de bens cresceram (1,6%; 4,9% no mês anterior)”.
No movimento de mercadorias nos portos (10,2%; 7,1% no mês anterior), que é um indicador mais abrangente em relação à dinâmica do comércio externo, explicou a DREM, “acelerou” face ao mês anterior.
“Já noutros indicadores, em setembro de 2024, observa-se que a desaceleração no movimento de passageiros nos aeroportos (3,4%; 5,1% em agosto último) está em linha com a evolução do total de levantamentos em caixas multibanco e compras por meio de terminais de pagamento automático com cartões internacionais (17,3%; 19,2% no mês precedente)”, disse o instituto de estatística.
No que diz respeito ao mercado de trabalho, “houve uma ligeira redução nas ofertas de emprego (-0,3%) e um aumento tanto nos pedidos de emprego (8,2%), como no número de desempregados inscritos ao longo do mês (7,1%)”.
Nos preços a taxa de inflação homóloga, fixou-se em 3,8%, tendo “acelerado face ao mês anterior (3,5%), sendo menor nos Bens (2,1%) e maior nos Serviços (6,0%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) foi de 4,5%, acima dos 4,4% registados em agosto precedente”.
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