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Madeira: CDS diz que Governo da República “ameaça” direitos autonómicos com intenção de redução do contingente do Ensino Superior

Segundo Lopes da Fonseca, parece que se promoveu uma cruzada contra os direitos consagrados da própria autonomia, direitos consagrados dos madeirenses e porto-santenses e, também, dos açorianos. E, que esta cruzada, tem sido promovida por alguns ministros deste governo socialista.
13 Janeiro 2023, 16h41

O Grupo Parlamentar do CDS esteve, esta sexta-feira, na Universidade da Madeira – Campus da Penteada, para manifestar o seu total repúdio pela intenção da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior reduzir o contingente de 3,5% para 2% para os alunos da Madeira, considerando que as autonomias, quer da Madeira quer dos Açores, estão sob a ameaça do Governo da República.

Segundo Lopes da Fonseca, parece que se promoveu uma cruzada contra os direitos consagrados da própria autonomia, direitos consagrados dos madeirenses e porto-santenses e, também, dos açorianos. E, que esta cruzada, tem sido promovida por alguns ministros deste governo socialista.

“Ainda recentemente, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior desferiu um ataque sem precedentes aos direitos que os próprios estudantes, candidatos à Universidade, têm tido ao longo destes anos, pois desde 1977 que este direito do contingente de 3,5% é um direito consagrado por todos os governos da República, com a exceção deste governo de António Costa que parece que promoveu uma cruzada contra os direitos da Autonomia, contra os direitos das famílias e dos seus filhos poderem aceder às Universidades dentro deste contingente”, destacou Lopes da Fonseca.

O líder parlamentar centrista diz ainda que a Madeira continua a ser uma região arquipelágica.

“A Madeira e os Açores continuam a ser regiões ultraperiféricas. E a dicotomia e as assimetrias que existem entre os jovens candidatos às universidades do continente e nas Regiões Autónomas mantem-se”. Posto isto, “não podemos entender como é que agora se decidiu, de forma unilateral, sem ouvir os governos próprios das duas Regiões Autónomas, impor uma medida destas que irá prejudicar quase 50% dos candidatos à Universidade”, apontou

O líder parlamentar reitera que, para o CDS, isto é “totalmente inaceitável”. E aproveita a ocasião para revelar que, na próxima semana, “iremos discutir um diploma, um Projeto de Resolução, que vamos enviar conjuntamente com o PSD ao Governo da República, com o objetivo de exigirmos a reposição e manutenção do contingente de 3,5% de acesso à Universidade”.

“Nós não poderemos aceitar nem vamos tolerar, quer a Madeira quer os Açores, que uma qualquer ministra de forma unilateral, decida acabar ou reduzir quase 50% do contingente de acesso à Universidade para os nossos jovens que querem prosseguir estudos universitários”, disse.

Para Lopes da Fonseca, tal decisão “é um ataque à Autonomia, um ataque aos direitos constitucionais, e se vier a ser concretizada, nós iremos promover, quer a Região Autónoma da Madeira quer a Região Autónoma dos Açores, uma cruzada contra o Governo da República.”

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