O deputado do PS, eleito à Assembleia da Madeira, apelou a um entendimento alargado relativamente ao plano de recuperação. Carlos Pereira defende que tem de existir uma capacidade extrema para “deixar cair divergências políticas e romper com preconceitos ideológicos, para olhar com dignidade e sentido de responsabilidade o nosso Portugal real”.
O socialista reforçou que este clima de incerteza provocado pela pandemia, e ainda a degradação progressiva e abrupta dos indicadores económicos e sociais “exige de nós uma nova atitude, um novo homo politicus”.
Carlos Pereira entende que divergir incondicionalmente no essencial do Plano é comprometer a sua execução rápida e eficaz, e é também diminuir a força que o país terá na defesa dos seus interesses em Bruxelas. “Não falharemos enquanto nação, mas seremos mais ou menos bem-sucedidos se superarmos juntos ou em divergência, respetivamente, esta colossal prova de capacidade e inteligência”.
O deputado do PS sublinhou que os socialistas, no sentido de construir convergência, ouviram o autor do programa, os responsáveis políticos, e propuseram criar uma Comissão Eventual para que todos possam acompanhar a sua execução. Carlos Pereira reforçou que existe espaço para que se possa convergir no interesse do país acrescentando que os portugueses exigem essa responsabilidade.
“Estarmos juntos e em convergência significa também dizer não a condicionalidades impostas pela União Europeia e contribuir para estabelecer metas, prioridades e objetivos. Somos nós e não os outros, que vêm de fora, que estabelecem os parâmetros que defendem os portugueses. Estarmos juntos significa também envolver o país inteiro na execução do Plano, descentralizando e dando mecanismos para que, ao nível infra-estadual, da Região e da autarquia, por exemplo, não haja nenhum vazio operacional. Estarmos juntos quer dizer que somos capazes de convergir na remoção dos obstáculos à execução deste programa ambicioso que triplica os meios financeiros disponíveis por ano”, afirmou.
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