[weglot_switcher]

Madeira: IL considera que novo subsídio de mobilidade é “traição” às populações insulares

A Iniciativa Liberal considerou que com o novo modelo de subsídio de mobilidade “o PSD e CDS-PP contradizem o que aprovaram enquanto oposição, continuando a não garantir que os madeirenses pagam apenas o valor que lhes compete no ato de aquisição das viagens” e que ao “invés de eliminarem o teto máximo que vigora para os madeirenses, sujeitam os açorianos ao mesmo tratamento discriminatório”.
1 Outubro 2024, 11h15

A Iniciativa Liberal Madeira (IL) considerou que o novo modelo de subsídio de mobilidade, apresentando pelo Governo da República, é uma “desilusão e uma traição” às populações insulares, ainda para mais quando ainda se encontra a decorrer o prazo para apresentação de contributos por parte dos interessados.

A força partidária sublinhou que as propostas e alterações que foram divulgadas foram: “À criação de uma plataforma eletrónica, que já devia existir há muito tempo, para solicitar os reembolsos; À promessa, não concretizada na Portaria apresentada, de receber a devolução do preço da viagem logo após a compra do voo; e, À introdução de um teto máximo para os residentes dos Açores, tal como já sucede, de forma injustificada, para os madeirenses”.

O líder da Iniciativa Liberal Madeira, Gonçalo Maia Camelo, considerou que com estas propostas “o PSD e CDS-PP contradizem o que aprovaram enquanto oposição, continuando a não garantir que os madeirenses pagam apenas o valor que lhes compete no ato de aquisição das viagens” e que ao “invés de eliminarem o teto máximo que vigora para os madeirenses, sujeitam os açorianos ao mesmo tratamento discriminatório”.

Gonçalo Maia Camelo considerou que se está a “insistir” num modelo que se “tem provado ser desadequado”, e que levou à “escalada injustificada” dos preços, “motivada pela concertação de preços” entre os operadores, e que acaba por constituir uma “forma de financiamento encapotado” da TAP e da SATA.

O líder da IL Madeira garantiu que os liberais madeirenses em articulação com o Grupo Parlamentar da IL na Assembleia da República, “tudo fará para garantir que os madeirenses tenham, pelo menos, quatro viagens por ano pagando apenas o montante que lhes compete, sem necessidade de requerer reembolsos“, tal como já tinha adiantado, em exclusivo, ao Económico Madeira.

Gonçalo Maia Camelo lamentou que o Governo Regional da Madeira tenha rejeitado a proposta da Iniciativa Liberal Madeira de aplicar o modelo do Estudante Insular a todos os madeirenses, o que no entender do dirigente liberal seria uma “solução óbvia, sem encargos financeiros, e que teria resolvido parcialmente” o problema.

O dirigente partidário salientou que a IL Madeira vai propor ao Grupo de Trabalho encarregue da receção e avaliação de contributos, a transição progressiva para o modelo que vem sendo aplicado, com provas dadas, nas Canárias, justificando a medida por o atual modelo, que é aplicado em Portugal, “distorcer a concorrência e penalizar os contribuintes e o erário público”.

Gonçalo Maia Camelo salientou que com o modelo que é aplicado em Espanha é permitido por exemplo, que uma viagem Tenerife – Madrid “seja consideravelmente mais barata” que uma viagem Funchal – Lisboa, com os madeirenses apenas a suportarem 25% do preço total da mesma, sendo o restante valor pago diretamente pelo Estado.

“Ao contrário do Governo da República e do Governo Regional, a IL Madeira não desistirá de lutar pelos interesses dos madeirenses e dos contribuintes em geral, nem pactua com distorções das regras da concorrência e do normal funcionamento do mercado”, disse o dirigente partidário.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.