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Madeira: JPP descontente com fecho da agência do Banco Santander da Camacha

O JPP entende que este tipo de decisões, legítimas do ponto de vista da empresa, chocam grosso modo com a população que serve e que lhes confia as suas economias.
24 Setembro 2020, 17h35

Numa iniciativa do Grupo Parlamentar do JPP na freguesia da Camacha, juntamente com o presidente da Junta de Freguesia da Camacha, Pedro Freitas, o partido mostrou-se descontente pela recente decisão de fecho da agência do Banco Santander da Camacha.

O líder parlamentar, Élvio Sousa, referiu que esta é uma situação que causa tremendos transtornos para a população da Camacha que vai deixar de contar com os serviços de proximidade que o banco vinha proporcionando à freguesia e que acaba por travar a dinâmica económica que se procura.

“O JPP não pode aceitar que critérios de natureza financeira e demográfica se sobreponham à responsabilidade social de uma empresa financeira que só em 2019, lucrou para cima de 525 milhões de euros, grosso modo, 1,4 milhões de euros de lucros diários”, vincou.

O JPP entende que este tipo de decisões, legítimas do ponto de vista da empresa, chocam grosso modo com a população que serve e que lhes confia as suas economias.

“É que o serviço bancário baseia-se num princípio fundamental que é a confiança, na criação de relações interpessoais com o cliente, entendido como um parceiro do negócio do banco. As teorias neoliberais reduziram o cliente a um número de conta e à frieza dos números e dos rácios de rendimento das agências”, sublinhou Élvio Sousa.

O líder parlamentar do JPP continuou, salientando que há um importante papel social que não pode ser ignorado, até porque os portugueses têm, nos últimos anos, andado a salvar bancos através do Fundo de Resolução Bancária, entre os quais o BANIF que foi absorvido para o universo Santander.

Élvio Sousa, afirmou, por fim, que em agosto e face a estas notícias, o Município de Santa Cruz e a Junta de Freguesia da Camacha, apelaram ao banco dirigido por Vítor Calado para que a decisão fosse revogada. “As autarquias apelaram, também, à vertente social e às centenas de pensionistas que procuram aquele banco para receberem as suas pensões”, concluiu.

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