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Madeira: morreu Virgílio Pereira, o primeiro presidente da Câmara do Funchal eleito em democracia

Foi o primeiro presidente da Câmara Municipal do Funchal, depois do 25 de abril de 1974, eleito em eleições democráticas, tendo passado ainda pela Assembleia da República e pelo parlamento europeu.
26 Julho 2021, 07h49

A Assembleia Legislativa da Madeira confirmou a morte de Virgílio Pereira, o primeiro presidente da autarquia do Funchal, eleito em democracia, depois do 25 de abril de 1974. O parlamento madeirense descreveu Virgílio Pereira como “um amigo leal e um político fundador da Democracia e da Autonomia”.

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, sublinhou que se cruzou com Virgílio Pereira, “na Escola Industrial e Comercial do Funchal, como aluno, e depois no jornalismo, acompanhando o seu percurso de autarca na Câmara do Funchal, e ainda como Deputado ao Parlamento Europeu”.

José Manuel Rodrigues destacou as “enormes qualidades pessoais e o seu apego à defesa do Bem Comum. O Professor Virgílio Pereira foi um digno servidor da Causa Pública e honrou os cargos que desempenhou ao longo da sua vida”.

O presidente da Assembleia da Madeira referiu que a melhor homenagem que se lhe pode prestar “é seguir o seu exemplo”.

Foram várias a entidades que já expressaram as suas condolência perante a morte de Vigílio Pereira.

O representante da República, Ireneu Barreto, expressou a sua tristeza pela “perda deste notável madeirense”.

Ireneu Barreto referiu também que Virgílio Pereira enquanto “o primeiro presidente da Câmara Municipal do Funchal em eleições democráticas e o primeiro madeirense no Parlamento Europeu, “sempre demonstrou ser um político de profundas convicções humanistas e sociais e um acérrimo defensor dos ideais da Autonomia”.

O representante da República disse que Virgílio Pereira “deixa uma memória impressiva na nossa comunidade e
um vazio difícil de preencher na vida política regional”.

Já o PS Madeira, através do presidente, Paulo Cafôfo, expressou “o seu mais profundo pesar” pela morte de Virgílio Pereira.

“Ao longo da sua vida política, Virgílio Pereira demonstrou sempre ser um homem de valores e dedicado à causa pública, não se coibindo de mostrar o seu pensamento crítico quando estavam em causa os princípios em que acreditava, o que o levou, inclusivamente, a tomar decisões difíceis”, referiu o socialista.

“Ilustre democrata e pessoa livre, Virgílio Pereira fica na história como uma das figuras marcantes da política regional”, acrescentou.

O CDS-PP, através do seu líder, Rui Barreto, lamentou a morte de Virgílio Pereira.

“O “professor Virgílio”, como era conhecido, deixou-nos um grande legado enquanto pessoa, destacando-se pela sua empatia,  sentido de integridade e uma grande herança política, tendo sido presidente da Câmara Municipal do Funchal, Deputado à Assembleia da República e no Parlamento Europeu”, salientou o centrista.

Já a coligação PSD/CDS-PP, que concorre à Câmara Municipal do Funchal, com liderança de Pedro Calado, manifestou “pesar pela morte do professor e distinto social-democrata Virgílio Pereira”.

A coligação disse que Virgílio Pereira foi “um homem notável. Um ‘mestre’, professor de gerações de alunos que marcou positivamente para a vida. Uma vida dedicada ao ensino e à causa pública. Sempre livre e sempre muito amado por todos, pela sua capacidade de dialogar, ouvir e ajudar”, referiu Pedro Calado.

“Ao Bruno Pereira, meu colega de vereação e, presentemente, colega de candidatura, a toda a família, a todos os que estimavam um ‘homem-bom’ na antiga tradição municipal portuguesa, o meu profundo lamento e solidariedade, pela falta que nos faz esta voz tão lúcida e sempre livre”, acrescentou.

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