A Região Autónoma da Madeira não vai esperar pela recomendação da Direção Geral da Saúde (DGS) para começar a vacinar as crianças dos cinco aos onze anos, informou esta quarta-feira, 24 de novembro, o Secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos.
“A Madeira, com a recomendação da Agência Europeia do Medicamento (EMA), iniciará, com toda a logística e todo o planeamento estratégico, que já está a ser preparado, a vacinação logo que as vacinas chegarem a Portugal”, referiu o governante durante uma conferência de imprensa.
Pedro Ramos salientou que a primeira remessa de vacinas para as crianças dos cinco aos onze anos chegará a Portugal a 20 de dezembro, num total de 300 mil doses, sendo que à RAM cabem 7.500 doses da Pfizer.
“Aquilo que posso dizer é que estamos atentos e preparados para iniciar a vacinação de todas as crianças que possam ser vacinadas com autorização dos pais, seguindo as recomendações da EMA”, frisou.
O governante destacou que muitos países, como os Estados Unidos, Israel, o Chile, Cuba, a China, a Argentina e a Colômbia, já estão a vacinar as crianças desta faixa etária, vincando que estas vacinas para as crianças são diferentes e têm um excipiente diferente das vacinas administradas aos adultos.
Pedro Ramos salienta que na Região há 14.715 crianças entre os cinco e os onze anos de idade e que neste momento as autoridades de saúde da Região estão a calcular a distribuição das vacinas pelos vários concelhos.
O governante frisa que só no mês de novembro, entre os 1.083 casos de Covid-19 registados na Região, 11% dos infetados eram crianças e que a nível nacional o escalão etário entre os zero e os nove anos é o que regista maior número de infetados.
Por isso, “justifica-se começarmos a vacinar rapidamente este nicho da população, reservatório de doença, transmissor de doença e que precisa de estar protegido”, vinca.
Tal como aconteceu com as vacinas para os adultos, “as crianças com cormobilidades e situações específicas” serão as primeiras a ser vacinadas.
“Serão preparados ambientes próprios de vacinação nos centros de vacinação e esta foi a principal razão para nós não termos desativado os centros de vacinação aqui na Região, precisamente porque sabíamos que a pandemia não estava ainda acabada e sabíamos que havia essa possibilidade de as crianças serem vacinadas”, refere.
[Atualizada às 18h51]
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