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Madeira: novo secretário das Finanças abre a porta a descida de impostos mas recusa entrar em “loucuras”

O governante disse que não vai entrar em “desequilíbrios das finanças públicas”, e considerou que é “prematuro” estar a abordar que impostos podem baixar, mas sublinhou que a acontecer uma descida será “eventualmente nos impostos que já têm sido objeto de desagravamento”. Rogério Gouveia referiu que no IRS “ainda temos alguma margem”, mas que no IRC já foi esgotado o diferencial fiscal.
18 Agosto 2021, 07h45

O novo secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, que tomou posse na passada segunda-feira, abriu a porta para uma possível baixa de impostos no Orçamento da Região para 2022. Mas deixou um alerta. “Não vamos entrar em loucuras nem entrar em desequilíbrio das finanças públicas”, afirmou o governante, no mesmo dia em que Pedro Calado abandonou a vice-presidência do Governo da Madeira, para se dedicar à campanha para as eleições autárquicas, marcadas para 26 de setembro, onde é candidato do PSD/CDS-PP à Câmara Municipal do Funchal.

Sobre que impostos podem baixar, e como pode ser feito, Rogério Gouveia disse que ainda é “prematuro”. Contudo sublinhou que, a acontecer uma descida nos impostos, no Orçamento de 2022, será “eventualmente nos impostos que já têm sido objeto de desagravamento”.

O governante acrescentou que no IRS “ainda temos alguma margem”, e que no IRC “já esgotamos o diferencial, já estamos no diferencial máximo, e já temos a taxa mais baixa do país e das mais baixas da Europa”.

Rogério Gouveia lembrou que o Governo Regional, que resulta de uma coligação entre PSD/CDS-PP, tem no seu programa um desagravamento fiscal “paulatino e periódico”. Apesar de sublinhar que se vai “procurar abordar algum desagravamento fiscal”, referiu que “isso são matérias que têm de ser decidas em conselho de governo e também perceber a execução orçamental de 2021”.

O governante reforçou que “o Governo Regional gostava de manter esse compromisso” de desagravamento fiscal que consta do programa de Governo.

Rogério Gouveia disse ainda que a região está “consciente do impacto” da pandemia nas finanças regionais, e do efeito que teve nas receitas e nas despesas.

Finanças equilibradas e fundos europeus são prioridade

O governante disse ainda que um dos objetivos da Secretaria Regional das Finanças passará por “manter as finanças equilibradas”, referindo que o trabalho que encontra está bem feito sublinhando que é preciso “dar continuidade”.

Os fundos da União Europeia, quer por via da chamada bazuca’ europeia quer os do próximo quadro comunitário de apoio, e a operação de financiamento do novo hospital, serão algumas das prioridades da Secretaria Regional das Finanças.

Rogério Gouveia disse, abordando o relacionamento com o Governo da República, que espera “um bom relacionamento”, vincando que “sem um relacionamento saudável os nossos problemas ficam mais difíceis de resolver”.

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