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Madeira oferece testes gratuitos para trazer turistas do continente

Quem viaja para a Região deve apresentar teste negativo à Covid-19 realizado até 72 horas antes. Teste pode ser feito em Lisboa ou após chegada à Madeira, sem custos. Hoteleiros preveem recuperação lenta.
3 Julho 2020, 11h05

O início deste mês coincidiu com a terceira fase de resposta à pandemia de Covid-19 na Região Autónoma da Madeira (RAM), com a reabertura ao tráfego aéreo internacional nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo. O Secretário Regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, já confirmou 30% dos voos relativamente a julho do ano passado, 46% em agosto e 50% face aos registados em setembro.

Este regresso, contudo, é feito de forma cautelosa, com a imposição de um teste negativo à Covid-19 para todos os passageiros que desembarquem nos aeroportos da região. O teste pode ser feito até 72 horas antes do início da viagem ou então pode ser realizado à chegada, sendo o resultado comunicado até a um máximo de 12 horas.

Para quem viaja a partir da capital do país há a possibilidade de efetuar este teste no Laboratório do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC), localizado no Campo Mártires da Pátria, n.º 130, mediante agendamento. Esta solução resulta de uma parceria entre o Governo Regional da Madeira e a Universidade Nova de Lisboa. Os testes são gratuitos nos casos em que são realizados no Laboratório do CEDOC ou na chegada aos aeroportos da Região.

O custo dos testes, cerca de 600 mil euros por mês, de acordo com as contas do chefe do Executivo madeirense, Miguel Albuquerque, é suportado pelo Governo da Região.

O Económico Madeira falou com alguns grupos hoteleiros da Região que afirmam que este será um ano excecional e que ainda não têm a noção da ocupação prevista para os meses de verão, já que há dias em que são muitas as reservas, mas outros em que são mais os cancelamentos. No entanto, reforçam a necessidade de captar o mercado externo para fazer face aos custos de abertura dos hotéis.

O Diretor de Ocupações do Four Views, Sérgio Costa, refere que, neste momento, o grupo está com uma taxa média de ocupação na ordem dos 30% nos dois hotéis que já reabriram, o Four Views Oásis, no Caniço, e o Four Views Monumental, no Funchal. Sérgio Costa realça que, “nos últimos dias, tem havido claramente algum acréscimo no número de reservas, porque também se tem gerado mais confiança no mercado da Madeira”, salienta, acrescentando que espera que o mercado inglês reabra rapidamente.

A expetativa é receberem mais reservas e, tendo isso em mente, o responsável pelas ocupações do Four Views afirma que a taxa de ocupação para estes três meses de verão deverá oscilar entre os 40 e os 50%. “Não mais do que isso”.

Quanto à aposta no mercado interno, no caso do Four Views Oásis, será dirigida para campanhas durante os fins de semana.

No grupo Savoy Signature, as taxas de ocupação variam entre os 30 e os 60%, dependendo da unidade hoteleira. O grupo avançou para a reabertura do Calheta Beach a 9 de junho, e prepara-se para abrir as portas do Savoy Palace, no Funchal, no dia 13 de julho, e do Saccharum, também na Calheta, no dia 31.

“Nos próximos meses, e até ao final do ano, prevemos uma recuperação bastante lenta, mas com a esperança de que a Madeira, por ser um destino seguro, se torne muito apelativa, assim como as unidades da nossa coleção, pela garantia de que a experiência daqueles que nos visitam se mantém extraordinária, mau grado as medidas de higiene e segurança”, revela o departamento de comunicação do Savoy Signature.

O grupo hoteleiro destaca que as unidades hoteleiras da Calheta, em particular, estão entre as mais escolhidas pelo mercado regional para férias ou ‘escapadinhas’ ao longo do ano. “Nesta fase, e perante a situação que vivemos, estes hotéis tornam-se ainda mais atrativos para dias de descanso”.

Porém, destacam que o mercado regional não consegue gerar receitas suficientes para cobrir os custos de manter as unidades do grupo abertas, sobretudo as que se situam no Funchal. “Neste sentido, a atração de turismo fora da RAM é fundamental para a viabilidade da operação hoteleira na Madeira”.

O grupo Galo Resorts tem atualmente um dos seus três hotéis a funcionar, o Galomar. Quanto à taxa de ocupação, foi dito ao EM que neste momento aquela não é fácil de prever dado o grande número de reservas mas também de cancelamentos. No entanto, neste momento, a taxa de ocupação para o hotel Galomar sittua-se nos 53% em julho e nos 52% em agosto.

A reabertura do Galosol está prevista ainda para este mês, entre os dias 15 e 18, e do Alpino para 10 de agosto.

Artigo publicado no Económico Madeira de 3 de julho 2020

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