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Madeira: PCP reclama desenvolvimento e justiça social para zonas altas

Herlanda Amado referiu que não tem existido um verdadeiro investimento para garantir a qualidade de vida e segurança de quem vive nestas localidades, salientando que os problemas sociais têm-se agravado.
31 Janeiro 2023, 16h45

A dirigente regional do PCP Herlanda Amado frisou, esta terça-feira, que “não tem existido vontade política por parte do Governo Regional e das Autarquias na Região, para resolver muitos dos problemas com que se confrontam as populações que vivem nas chamadas zonas altas”.

Herlanda Amado referiu que não tem existido um verdadeiro investimento para garantir a qualidade de vida e segurança de quem vive nestas localidades, salientando que os problemas sociais têm-se agravado, numa altura em que se faz sentir o aumento do custo de vida e a falta de resposta das entidades governativas, nomeadamente no que diz respeito à falta de transporte público, à falta de habitação e à falta de saneamento básico.

“Hoje abordamos os problemas relacionados com acessibilidades deficitárias ou mesmo a falta de acessos, apesar de muitos deles prometidos há anos. Estas promessas vão sendo recorrentemente feitas pelo governo e pelos vários executivos das diferentes Câmaras da Região, e aqui não deixamos de apontar o dedo ao PSD, CDS, PS e JPP, que aquando das eleições são tão rápidos a prometer, mas passado o acto eleitoral são mais lentos que tartarugas, para concretizar as promessas feitas”, apontou.

“O Caminho José Barreto, no sítio do Rochão, na freguesia da Camacha, concelho gerido pela autarquia JPP, é um desses flagrantes exemplos. A população tem exigido a conclusão das obras da ponte aqui existente, literalmente suspensa há 15 anos, prejudicando gravemente as pessoas que aqui vivem, para além de ser actualmente um desperdício de dinheiros públicos, porque não leva a lugar algum. Esta ponte inacabada é uma obra do Governo Regional, que ligaria a Estrada José Barreto até à Estrada entre Ribeiras e não se vê a sua conclusão à vista. Muita da população aqui residente tem dificuldades de mobilidade devido à idade avançada. Estes idosos apenas têm como acessibilidade uma estrada que não oferece muita segurança, sendo demasiado estreita e ingreme o que dificulta a passagem de viaturas de socorro”, salientou.

Herlanda Amado didde que há exemplos de falta de acessos em segurança em todos os concelhos da Região. “O Governo e muitos dos Municípios apresentam projetos megalómanos de milhões de euros do erário público, mas esquecem-se de pequenos acessos que ajudariam na humanização e desenvolvimento de muitas das localidades, deixando as pessoas abandonadas e esquecidas e com um profundo sentimento de exclusão”, sublinhou, por fim.

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