O presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, considerou que o Representante da República, Ireneu Barreto, tem de dar explicações sobre os motivos que levaram à indigitação de Miguel Albuquerque (PSD) como presidente do Governo Regional da Madeira, depois de na passada quarta-feira o governante social-democrata ter anunciado a retirada do Programa de Governo da votação no parlamento, programada para esta quinta-feira.
Cafôfo considerou que Albuquerque fez, na quarta-feira, uma “encenação” com a retirada do Programa de Governo, para iniciar uma ronda de negociações com os partidos, de modo a apresentar um novo Programa de Governo que possa ser viabilizado pelo parlamento regional.
O dirigente socialista defendeu que Albuquerque e o PSD são o “foco da instabilidade e da crise política” na Região.
Cafôfo acrescentou que a postura de Albuquerque não passa de uma “manobra de diversão para evitar uma humilhação”, e criticou o líder do executivo madeirense de ter mentido quando assegurou que existiam condições para aprovar o Programa de Governo.
“Miguel Albuquerque, que deu as garantias de que tinha condições para ser indigitado como presidente do Governo, que deu as garantias de ter apoio parlamentar para fazer passar a moção de confiança, mentiu aos madeirenses”, reforçou o socialista.
Cafôfo sublinhou que o PS tem sido coerente na sua posição de não viabilizar o executivo, liderado por Albuquerque, e sublinhou que o PS e o Juntos Pelo Povo (JPP) apresentaram uma solução de Governo, que excluía o PSD, que acabou por ser rejeitada pelo Representante da República, que não ter qualquer possibilidade de sucesso.
O dirigente socialista referiu que, durante dois dias, o parlamento discutiu um Programa de Governo quando, à partida, Albuquerque “já sabia que o mesmo não tinha condições de ser aprovado e de a moção de confiança passar”.
Cafôfo entende que se trata de um “desrespeito” para com a Assembleia, mas, “acima de tudo, para com os madeirenses e porto-santenses, porque havia tanta pressa e tanta preocupação com a aprovação do Orçamento, mas aquilo que assistimos foi a um teatro”.
O líder socialista considerou que Albuquerque quer continuar como presidente do executivo por não querer responder à justiça, depois de ser constituído na sequências das buscas de 24 de janeiro.
“Miguel Albuquerque não se interessa pelo seu partido, não se interessa pela Madeira. Interessa-se por si só”, salientou Cafôfo.
O líder do PS Madeira acrescentou que os socialistas vão acompanhar o “evoluir da situação” e vão “manter a responsabilidade”, porque “são um fator de estabilidade, contrapondo com a instabilidade que é Miguel Albuquerque e o PSD”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com