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Madeira: PS contra suspensão do PDM no Funchal

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Sérgio Gonçalves sublinhou a existência de carências habitacionais, destacando dados recentes que indicam que os funchalenses não conseguem comprar casa no Funchal, em particular a classe média e os mais jovens.
30 Janeiro 2023, 13h28

O presidente do PS-Madeira manifestou, esta segunda-feira, a discordância do partido em relação à suspensão do Plano Diretor Municipal (PDM) do Funchal, por privilegiar o comércio e serviços em detrimento da habitação.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Sérgio Gonçalves sublinhou a existência de carências habitacionais, destacando dados recentes que indicam que os funchalenses não conseguem comprar casa no Funchal, em particular a classe média e os mais jovens.

“Nós não concordamos nem entendemos esta suspensão do PDM para privilegiar espaços comerciais ou de serviços, quando aquilo que é necessário é ter mais habitação. Os funchalenses precisam de habitação, precisam que as medidas da Câmara Municipal sirvam as suas necessidades, e não apenas interesses económicos”, disse o líder socialista.

No entender do PS, devem ser usados os instrumentos e as ferramentas disponíveis ao nível do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), reabilitando edifícios degradados, criando incentivos ao arrendamento jovem e permitindo que muitos dos jovens – inclusivamente de zonas altas que o próprio PDM restringe para a construção de habitação – possam viver no centro da cidade.

Perante a decisão da Câmara do Funchal, com a qual, frisou, o PS não concorda, Sérgio Gonçalves espera para saber qual será a posição do Governo Regional, em particular da Direção Regional de Ordenamento do Território, que tem de dar um parecer para que esta suspensão do PDM seja realizada.

“Se o Governo Regional está consciente dos problemas de habitação, não deverá permitir esta suspensão do PDM para privilegiar espaços comerciais e de serviços em detrimento da habitação”, declarou.

De acordo com o líder dos socialistas, este é mais um exemplo da má gestão de Pedro Calado na Câmara do Funchal, frisando que o presidente da Câmara prometeu resolver os problemas de trânsito, quer nos acessos à via rápida, quer retirando a ciclovia, mas que esses problemas não só não foram resolvidos, como se agravaram.

“O mesmo acontece em relação às problemáticas da delinquência, da insegurança, da violência e do consumo de drogas”, destaca.

“Desafiamos o presidente da Câmara a conhecer os problemas da cidade e dos funchalenses e a apresentar soluções, em vez de os agravar”, concluiu.

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