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Madeira: PS insiste em verbas a fundo perdido como solução para subida do desemprego e queda da economia

Os socialistas madeirenses consideram que este tipo de apoios assumem maior relevo quando o desemprego está em subida na Madeira. “Caso esses apoios não sejam disponibilizados no imediato muitos madeirenses podem perder o emprego”, teme o PS.
15 Fevereiro 2021, 12h08

O PS Madeira volta a insistir nas verbas a fundo perdido, para responder ao desemprego gerado pela pandemia e às projeções de queda da economia regional.

“Com o desemprego nos 10,7%, o valor mais alto do país, e a estimativa do PIB a descer 21%, o triplo do valor a nível nacional, a situação económica na Região Autónoma da Madeira é de enorme gravidade e os dados refletem uma conclusão: como o PS Madeira tem referido, a resposta desenhada pelo Governo Regional à crise económica não está a surtir efeitos na economia real, nem a preparar a Região para os próximos trimestres de acentuada queda, insistido na urgência de apoios a fundo perdido”, alertam os socialistas madeirenses.

O deputado do PS, Sérgio Gonçalves, diz que o discurso do executivo madeirense “é completamente desfasado desta triste realidade”, em particular quando se passa “repetidamente uma mensagem de que a economia está a funcionar e que os apoios permitem a manutenção de milhares de postos de trabalho. O cenário é bem diferente e deveras preocupante, conforme provam as estatísticas, e apenas vem demonstrar a necessidade de reforçar os apoios às famílias e às empresas”.

O socialista critica o Governo da Madeira por dizer que a “economia está a funcionar”, quando a região tem o turismo “em suspenso, com hotéis vazios de hóspedes, o que afeta não apenas a hotelaria, mas todas as empresas do setor diretamente, com reflexos negativos brutais em toda a nossa economia”, questiona

Verbas a fundo perdido são solução para PS

O PS Madeira defende apoios a fundo perdido em vez de linhas de empréstimo, como a solução para responder à crise provocada pela pandemia. Os socialista quer ainda “maior agilização e desburocratização dos apoios”.

O deputado do PS, Sérgio Gonçalves, diz que os apoios que foram anunciados, como resposta à pandemia, tem assumido até ao momento, “o cariz de empréstimos e mais endividamento por parte das empresas, quando é urgente garantir medidas com componente a fundo perdido. Mesmo apoios que contemplam esta possibilidade, caso dos apoios ao funcionamento relativos a custos incorridos em 2020, foram prometidos em outubro do ano passado e, chegados a meados de fevereiro, ainda não foram disponibilizados”.

Os socialistas reforçam que estes apoios a fundo perdido tornam-se mais importantes “face à subida” do desemprego. O PS Madeira alerta que caso esses apoios “não sejam disponibilizados no imediato” muitos madeirenses podem perder o emprego.

O PS refere ainda que o peso da dívida regional subiu, já tal como tinha sido previsto pelo Orçamento Regional. “Perante os indicadores que agora temos com referência a 2020, urge questionar de que forma é que esse recurso a mais dívida serviu para proteger as pessoas e as empresas, e não apenas para manter os planos de investimentos programados antes da pandemia, ainda por cima, quando transitaram e não foram executados quase 300 milhões de euros do orçamento de 2020”, afirma.

“Enquanto não dispomos das desejadas verbas comunitárias, é fundamental que a dívida que foi criada e que será paga por todos os madeirenses seja efetivamente utilizada para os apoiar, ao invés de os condenar ao desemprego e às falências, mantendo as mesmas políticas e prioridades do passado”, diz Sérgio Gonçalves.

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