Os partidos da Assembleia Legislativa da Madeira debateram esta terça-feira em Plenário o tema das listas de espera na saúde. O Partido Socialista quer tempos máximos de resposta garantidos para as pessoas em lista de espera, já o PSD lembra que a lista de espera é dinâmica.
O deputado socialista Paulo Cafôfo vincou que “há milhares de pessoas cuja saúde pode ficar seriamente comprometida com a incapacidade de o Governo resolver um problema que se arrasta há anos e infelizmente sem solução à vista”, salientando que nestas situações são as pessoas mais carenciadas que ficam mais prejudicadas com esta situação, por não disporem de meios para recorrer aos serviços de saúde privados.
“O que o Governo Regional está a fazer é empurrar os madeirenses para os privados, para uma saúde que deveria ser complementar e não uma saúde que substitua o sistema público”, reforçou.
Paulo Cafôfo realçou ainda que a saúde está regionalizada, “pelo que aqui o único culpado é quem sempre foi Governo desta Região”.
Já o deputado do Juntos pelo Povo (JPP) Élvio Sousa destacou a falta de acesso à informação e aos documentos e elementos oficiais, lembrando que este é um direito constitucional. “Estes senhores que suportam o Governo Regional parece rasgarem a Constituição. Rasgam o Estatuto político-Administrativo”.
Ricardo Lume, deputado do Partido Comunista, questionou se o cancelamento dos atos médicos, em tempo de pandemia, foi uma opção que visou apenas defender a saúde dos madeirenses e portossantenses, “ou se foi para servir também o negócio da doença no setor privado”.
A resposta por parte do CDS, partido que suporta o Governo Regional, é que apesar de as listas de espera continuarem a ser um problema por e para resolver, as medidas implementadas em 2019 “foram positivas e mostraram uma evolução gradual de diminuição das listas de espera”. Além disso, a deputada Ana Cristina Monteiro referiu que para falar em lista de espera não nos podemos esquecer da situação que se vive na Região desde 2020, com a chegada da Covid-19.
Do lado do PSD a deputada Conceição Pereira sublinhou que “a lista de espera de uma unidade de saúde é dinâmica”. Para a deputada “o número de doentes em lista de espera para cirurgia deve-se à maior oferta de especialidades, de técnicas, de consultas e do diagnóstico cada vez mais precoce e diferenciado e explica o aumento do número de doentes inscritos nos últimos anos”.
A social democrata fez questão de referir que não existem doentes em situação urgente ou emergente à espera de cirurgia.
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