“Se estivéssemos num território com continuidade territorial fazia sentido”, sublinha o chefe do governo madeirense para quem só se justificaria tolerância de ponto “caso os madeirenses tivessem a possibilidade de irem para Fátima”.
Esta decisão do governo insular não é pacífica e na Assembleia Legislativa foi criticada de forma contundente pelo CDS que reclamou a tolerância de ponto em respeito pela visita papal e pelo facto da população madeirense ser maioritariamente católica.
As Câmaras Municipais do Funchal, do Porto Moniz e do Porto Santo, lideradas pelo Partido Socialista anunciaram tolerância de ponto nos respetivos serviços na tarde de sexta-feira
Na reunião plenária de hoje da Assembleia Legislativa foram apresentados pelo PSD e pelo CDS dois votos de congratulação pelo centenário das aparições em Fátima e pela visita do Papa Francisco a Portugal. Rui Barreto, do CDS, desafiar de novo o governo regional a conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos, na sexta-feira.
JPP e PS subscreveram os votos, em nome da tradição católica de Portugal. O PCP colou os votos não às aparições de Fátima mas à visita do papa.
O deputado independente defendeu o respeito pela separação entre o Estado e a Igreja e acusou PSD e CDS de “aproveitamento grosseiro” do Papa Francisco. Já o deputado do Bloco de Esquerda, Rodrigo Trancoso, também presidente da assembleia municipal do Funchal, classificou de “ridículos” os dois votos de congratulação e considerou que as aparições de Fátima, em 1917, foram um “grande embuste”.
José Manuel Coelho, do PTP acusou os dois partidos proponentes dos votos, PSD e CDS, de serem “fariseus”.
Hoje a Universidade da Madeira anunciou a sua adesão à tolerância de ponto decretada pelo governo da República, alegando que se trata de uma instituição que depende da tutela central e não da Região.
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