Madeira vai a votos para escolher entre a continuidade e a mudança

A Madeira vai decidir este domingo qual será a composição da Assembleia Legislativa da Madeira, e qual será o partido mais bem posicionado para assegurar a governação da região autónoma.

Em causa nestas eleições regionais estará se o PSD é capaz de manter a maioria absoluta que até hoje nunca perdeu e, no caso de não existir a maioria absoluta de qualquer partido, se existem condições para a formação de uma coligação que assegure a governação da Madeira, e se existem partidos disponíveis para esse cenário.

O PSD assume como objetivo a obtenção, melhor dizendo renovação, da maioria absoluta na Assembleia Regional. O cabeça de lista é Miguel Albuquerque, atual presidente do Governo Regional. O social-democrata diz que recusa entregar o poder a Lisboa, e que acima dos interesses do partido está a defesa da autonomia, “contra tudo e contra todos”.

O PS parte para as eleições regionais com a ambição de chegar ao poder. O candidato é Paulo Cafôfo, anterior presidente da Câmara Municipal do Funchal, que suspendeu o mandato para poder candidatar-se às eleições regionais.

Cafôfo tem prometido uma mudança na Madeira. O candidato dos socialistas diz que este é o momento para fazer a mudança na região, de que a Madeira precisa “para acabar com o medo” e para ter um presidente que esteja ao lado do povo e que trate todos por igual.

O candidato socialista diz que a opção nas eleições regionais é entre a continuação na estagnação, com o PSD, ou fazer uma mudança com propostas “inovadoras, mobilizadoras, com rumo e estratégia” apresentadas pelo PS.

Já o CDS-PP apresenta como candidato Rui Barreto. O centrista diz que um voto no CDS-PP é a “mudança segura” na região, prometendo que um voto no partido assegura que na Madeira nada fique igual. O candidato tem dito que o PSD tem sido uma desilusão e que o PS é uma ilusão, dependendo da inexistência de maioria absoluta a importância que os deputados eleitos pelo partido virão a ter.

O PCP apresenta como candidato Edgar Silva. O comunista sublinha que o desafio para os eleitores da Madeira consiste no voto naqueles que defendem Alberto João Jardim ou naqueles que querem lutar contra o regime.

Edgar Silva defendeu ainda que nas eleições existe um rumo, que inclui o PSD e PS, de elogio ao regime de Alberto João Jardim, e outro rumo, que é alternativo e de contraposição ao regime, que é apresentado pela CDU.

O candidato tem afirmado que para a Madeira é crucial a “efetiva concretização” de uma política verdadeiramente alternativa”, e que a CDU é a “única força política que garante a política de justiça social que a região tanto precisa”.

Por seu lado, o BE apresenta como cabeça de lista Paulino Ascensão. Entre as mensagens transmitidas pelos bloquistas durante a campanha destacaram-se críticas ao PSD por “ter como uma das suas imagens de marca a rapinagem”, em várias atividades, como os portos, as concessões rodoviárias, a concessão da Zona Franca ou as concessões dos lares de idosos a privados.

Os bloquistas acusam os sociais-democratas de governarem para os grandes negócios e de terem condenado a maioria da população à pobreza e à emigração.

O JPP é outro dos partidos que concorrem às eleições regionais e apresentam como candidato Élvio Sousa.

Uma das últimas sondagens referentes às eleições regionais, do “Diário de Notícias da Madeira”, dava vitória ao PSD mas permitia a governação da Madeira com entendimentos entre partidos de esquerda, enquanto outra sondagem, do “Jornal da Madeira”, dava vitória do PSD mas para assegurar a governação da região iria ser necessário um entendimento com o CDS-PP.

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