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Magistrados do Ministério Público angolano anunciam greve de oito dias

Remunerações, retirada de passaporte diplomático e “incompreensível estado do processo de distribuição das viaturas de funções” são algumas dos motivos invocados para a greve.
LUANDA, Angola: Cranes line the skyline of downtown Luanda, where much of the city’s wealth is concentrated. A sharp decline in international oil prices has hit the economy hard in Angola, one of the world’s most unequal countries, and stirred resentment towards President Eduardo dos Santos, the leader of Africa’s largest crude exporter. (Nichole Sobecki for The Washington Post via Getty Images)
29 Fevereiro 2024, 12h57

O Sindicato Nacional dos Magistrados do Ministério Público de Angola (SNMMP) convocou para março uma greve de oito dias, contra a falta de uma política remuneratória adequada e decisões discriminatórias como a retirada do passaporte diplomático.

Segundo um comunicado a que a Lusa teve acesso, assinado pelo presidente do SNMMP Adelino Fançony André, a paralisação decorrerá em diversos níveis e períodos, consoante o interesse dedicado à resolução das preocupações.

O primeiro período tem início a 01 de março e decorre até 08, ficando garantidas apenas a fiscalização de celas e lugares de detenção, encaminhamento de arguidos que careçam de intervenção médica e atuação em casos que envolvam menores a quem sejam imputados crimes.

Segundo o SNMMP, o sindicato realizou as diligências recomendadas pela Assembleia Nacional, sem obter “resultados satisfatórios”, avançando por isso para a paralisação de oito dias.

Remunerações, retirada de passaporte diplomático e “incompreensível estado do processo de distribuição das viaturas de funções” são algumas dos motivos invocados para a greve.

“Continuamos abertos ao diálogo, mas precisamos demonstrar, de forma clara, a nossa insatisfação com a posição social e de extrema vulnerabilidade em que o magistrado vem sendo colocado”, concluiu a direção do sindicato.

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