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Maior cliente da Boeing não sabia da desativação do sistema de segurança

A maior cliente da Boeing, a companhia aérea Southwest Airlines, admite que não foi informada sobre o sistema de segurança dos modelos aviões 737 MAX ter sido desligado.
29 Abril 2019, 19h13

A construtora aeronáutica Boeing não avisou a companhia Southwest Airlines que os aviões 737 MAX, que começaram a circular em 2017, que o sistema de segurança tinha sido desativado, revelou o jornal ‘The Wall Street Journal’.

Vários funcionários governamentais garantiram que os inspetores da Administração Federal de Aviação norte-americana eram responsáveis por controlar a companhia aérea, mas que não souberam da decisão de desligar o sistema de segurança naquele modelo, cujos modelos anteriores ainda dispunham.

O facto de o sistema estar desativado servia para alertar os pilotos caso um dos sensores transmitisse dados errados sobre a inclinação do nariz da aeronave. No entanto, o avião 737 MAX, que em cinco meses causou a morte a 346 pessoas, contava com um novo sistema de estabilização, o MCAS – Sistema de Aumento das Características de Manobra. O sistema anterior apenas era incluído na aeronave se os clientes pretendessem adquirir um pacote de medidas de segurança, que era opcional.

A companhia Southwest é a maior cliente da Boeing em relação aos aviões 737 MAX, tendo uma frota com 23 aeronaves. Assim, asseguraram que não obtiveram conhecimento das mudanças de sistemas até ao acidente da Lion Air em outubro de 2018.

E, segundo o jornal espanhol ‘Expansión’, a falta de conhecimento do caso não foi transferida para a Federação de Aviação. Desta forma, os manuais que estavam à disposição dos pilotos da aeronave encontravam-se desatualizados em relação aos sistemas de alerta, segundo o comunicado pelo presidente do sindicato dos pilotos de aviação, John Weaks.

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