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Maior exercício de sempre da Proteção Civil arranca hoje com três mil operacionais no terreno

Este exercício conta com mais de 60 diferentes cenários, nos distritos de Lisboa, Aveiro, Évora e Setúbal, e decorre até 1 de junho.
28 Maio 2019, 08h27

Portugal realiza a partir de hoje, 28 de maio, e até 1 de junho o exercício europeu de Proteção Civil, o maior de sempre em território nacional. Organizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil  (ANEPC), com a colaboração da Direção-Geral da Autoridade Marítima e cofinanciado pela União Europeia,  vai mobilizar milhares de operacionais e equipas de cinco  países europeus, em cerca de 20 localidades dos distritos de Aveiro, Évora, Lisboa e Setúbal e abrangendo mais de 60 cenários distintos. É o chamado CASCADE’ 19 co-financiado pela Comissão Europeia no quadro do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.

“No exercício participam equipas de Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Croácia, mobilizando no total mais de 3000 participantes, estrangeiros e portugueses. Visa testar e treinar a resposta a situações de emergência múltiplas que possam ocorrer em cascata (sismo, cheias, acidente químico, rutura de barragem e poluição marítima) em território nacional”, avança a Polícia de Segurança Pública (PSP) na sua página de Facebook. A PSP dá conta que trata-se de um LIVEX (Live Exercise) com mais de 60 diferentes cenários, nos distritos de Lisboa, Aveiro, Évora e Setúbal.

O exercício, cofinanciado em 80% pela Comissão Europeia, tem um custo de 1,3 milhões de euros, conta, para além da ANEPC, com a participação de cerca de 150 operacionais de Espanha, Bélgica, Alemanha, Croácia e França.

No total vão estar envolvidos 22 municípios que vão ter 40 cenários diferentes para testar a capacidade das respostas local, nacional e internacional, segundo a ANEPC que já sinalizou o

ponto de partida para este exercício europeu: a ocorrência de um episódio de condições meteorológicas adversas no distrito de Aveiro e de um sismo no sul do país com impactos na zona de Lisboa, Setúbal e Évora.

A partir destes dois eventos acontecem uma série de ocorrências, como acidentes químicos e radiológicos em barragens e em complexos industriais, inundações, poluição no mar e desastres rodoviários, ferroviários e marítimos.

Estas diferentes ocorrências vão permitir a intervenção no terreno de equipas com valências e capacidades distintas, nomeadamente buscas e salvamento, evacuações, emergência médica, mortuária, apoio social e psicológico e acolhimento de equipas internacionais.

O CASCADE’19  pretende testar a resposta conjunta nacional, o exercício pretende também melhorar a capacidade de resposta no quadro do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e avaliar a capacidade de integrar os meios de outros países. Visa, assim, garantir procedimentos homogéneos entre os diferentes países em relação ao acolhimento de equipas internacionais.

O exercício vai permitir aprovar uma diretiva operacional nacional para acolhimento de assistência internacional.

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