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Maiores fundos de pensões aumentaram ativos em 11,5% para 21,7 triliões de dólares

Os ativos sob gestão dos 300 maiores fundos de pensões do mundo aumentaram 11,5% para um total de 21,7 triliões de dólares em 2020, de acordo com o estudo anual realizado pelo Thinking Ahead Institute da Willis Towers Watson em parceria com o Pensions & Investments. O maior fundo do mundo vem do Japão e gere qualquer coisa como 1,7 triliões de dólares (1.712 mil milhões de dólares). Segue-se o da Noruega.
Pedestrians walk in front of an electronics stocks indicator displaying share prices of the Tokyo Stock Exchange in Tokyo on October 20, 2017.
11 Outubro 2021, 17h15

Não há dúvida que as gestoras de fundos de pensões ‘gerem’ o mundo financeiro. Os ativos sob gestão dos 300 maiores fundos de pensões do mundo aumentaram 11,5% para um total de 21,7 triliões de dólares em 2020, de acordo com o estudo anual realizado pelo Thinking Ahead Institute da Willis Towers Watson em parceria com o Pensions & Investments, uma das principais publicações de investimento dos EUA, que analisa as maiores tendências no sector dos fundos de pensões.

Em 2020, a América do Norte continuou a ser a maior região em termos do volume de ativos sob gestão em fundos de pensões e do número de fundos, com 41,7% de todos os ativos no estudo. É seguida pela Europa (27,5%) e Ásia-Pacífico (27,5%).

A região da Ásia-Pacífico registou a maior taxa de crescimento anual dos últimos cinco anos, com 9,9%. A Europa e a América do Norte registaram, por seu turno, taxas de crescimento de 7,8% e 7%, respetivamente, enquanto os ativos dos fundos da América Latina e de África aumentaram 5,7% durante o mesmo período, refere a Willis Towers Watson.

Globalmente, os Estados Unidos continuam a ter o maior número de fundos no top 300 (138 fundos), seguidos pelo Reino Unido (23), Canadá (18), Austrália (16) e Japão (14). Um total de 34 novos fundos entrou no top 300 nos últimos cinco anos, com os EUA a contribuir com o maior número líquido de novos fundos (7), com 15 fundos a sair do ranking e 22 a entrar. Em contraste, o Reino Unido registou a maior perda líquida de fundos (4) durante o mesmo período, uma vez que os esquemas de benefícios definidos no país continuam a amadurecer, revela o estudo.

Entrou um novo participante na lista dos 20 primeiros fundos em 2020 o Fundo Nacional da Riqueza da Rússia, que subiu de 25 para 17º no ranking, substituindo o fundo de pensões norte-americano Texas Teachers, que desceu para 21º no ranking. O National Wealth Fund da Rússia tem ativos totais de 183 mil milhões de dólares.

No top aparece em primeiro lugar o Government Pension Investment do Japão com ativos totais de 1.719.987 milhões de dólares (1.720 mil milhões de dólares ou 1,72 triliões de dólares). Segue-se o Government Pension Fund da Noruega com ativos totais de 1.305,9 mil milhões de dólares (1,3 triliões) e em terceiro o  National Pension da Coreia do Sul com ativos de 765,45 mil milhões de dólares.

Em 4º lugar surge o Federal Retirement Thrift dos EUA que gere 651,124 mil milhões de dólares; em 5º o ABP da Holanda
com ativos de 607,4 mil milhões de dólares; o National Social Security da China surge em 6º lugar com ativos de 448,43 mil milhões de dólares; o California Public Employees, também dos Estados Unidos, gere 426,2 mil milhões de dólares e está em 7º lugar do ranking, seguido do Canada Pension, do Canadá, com 390,5 mil milhões de dólares de ativos sob gestão; em 9º lugar surge o Central Provident Fund de Singapura com ativos de 349,8 mil milhões de dólares e o PFZW da Holanda, ocupa o 10º lugar com ativos de 306,9 mil milhões de dólares.

O Top 20 inclui ainda fundos de pensões da Malásia, Índia e Dinamarca.

Entre os 300 principais fundos, os ativos dos fundos de benefício definido (BD) continuam a dominar, representando 63,4% do total. No entanto, esta proporção tem vindo a diminuir modestamente ao longo dos anos, uma vez que os fundos de contribuição definida (CD), os fundos de reserva e os ativos de fundos híbridos estão lentamente a ganhar terreno, conclui a Willis Towers Watson.

Os planos de benefícios definidos dominam na América do Norte e Ásia-Pacífico, onde representam 73,7% e 64,7%, respetivamente. Em menor grau, estes planos representam também a maioria dos ativos na Europa (52%), enquanto os planos de contribuição definida dominam noutras regiões, com 72,5% dos ativos, especialmente nos países da América Latina.

De acordo com o estudo, os fundos de pensões soberanos e do sector público representam 68% do total dos ativos, com 141 desses fundos entre os 300 primeiros. Os fundos de pensões corporativos estão em segundo lugar, representando 17% do total dos ativos (com 101 fundos); e finalmente, os fundos privados independentes, que representam 15% do total dos ativos, situam-se em 58% dos 300 primeiros.

O estudo mostra também que o volume de ativos sob gestão dos 20 maiores fundos de pensões – que representam 41,8% do total – cresceu 14,6% em 2020, a segunda maior taxa de crescimento anual desde 2004. Isto traduz-se numa taxa de crescimento anual composta durante os últimos cinco anos de 8,9% para os 20 maiores fundos e 7,9% para os 300 maiores.

Os ativos dos 20 maiores fundos são predominantemente investidos em ações (46,6%), seguidos de rendimento fixo (36,3%) e investimentos alternativos (17,1%) numa base média ponderada.

Globalmente, estes fundos têm aumentado lentamente a sua afetação a produtos alternativos ao longo dos últimos anos, a fim de cumprirem os seus objetivos de rentabilidade.

 

 

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