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Maioria dos autarcas investe até 500 mil euros para tornar o ‘município inteligente’

Na Cimeira dos Autarcas, que decorre esta manhã na Portugal Smart Cities Summit, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Nova IMS divulgaram as conclusões do relatório sobre a Smart Cities Tour 2018.
Cristina Bernardo
11 Abril 2018, 12h55

Depois de percorrem país e de terem realizado workshops em sete autarquias do país, a Associação Nacional de Municípios Portugueses e a Nova IMS aproveitaram a Portugal Smart Cities Summit para divulgar as conclusões do relatório sobre a Smart Cities Tour 2018. Segundo o estudo, 78% dos autarcas portugueses investe apenas até 500 mil euros em ferramentas para tornar o ‘município inteligente’.

Para Miguel de Castro Neto, ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, o montante representa “um baixo nível de investimento” no conceito de smart cities. “O motor de desenvolvimento de inteligência urbana são os municípios”, explicou.

O também coordenador da pós-graduação em “Smart Cities” da Nova IMS concluiu, após analisar o inquérito realizado a 60 presidentes de câmara em Portugal, se verificou: a aposta em soluções surge dos novos desafios municipais, o desejo de mudança e de disrupção nos modelos de governação e a necessidade de desenhar quadro de financiamento ao investimento municipal em inteligência urbana.

Questionados sobre se têm uma estratégia de smart cities, projetos verticais de inteligência urbana ou qual a expectativa até ao final do mandato, 50% dos líderes destes executivos camarários adiantou que a criação de projetos verticais de inteligência urbana é um compromisso.

“Há um crescimento da relevância dos centros de operações e dos dados abertos mas ainda não estão no foco das atenções”, afirmou Miguel de Castro Neto, acrescentando que o futuro destes locais passa pela criação de um cluster de cidades inteligentes.

Conforme explicou na Cimeira dos Autarcas, na cimeira das cidades inteligentes, o ex-governante considera que a inteligência coletiva passiva se atesta pela proliferação de radiografias do cenário na cidade (através da medição do fluxos de pessoas pelas redes móveis, por exemplo) e dos centros de controlo de operações. “Os dados são o petróleo do século XX? São, mas os dados têm de ser refinados. A cadeia de valor da informação tem de acontecer”, completou Miguel de Castro Neto, que moderou a Mesa Redonda.

O representante da Câmara Municipal de Guimarães, concelho onde foi abordado o tema da sustentabilidade económica e financeira, adiantou que o município se candidatou ao Horizonte 2020, através de um consórcio de 41 parceiros. Ricardo Jorge Castro Ribeiro da Costa, responsável pelas pastas das Finanças, Património, Desenvolvimento Económico, Modernização da autarquia, defendeu que Guimarães quer “responder às necessidades das pessoas e consciencializar as pessoas para esta realidade”. “Queremos uma inovação constante e evitar a extinção eminente”, sublinhou.

Workshops realizados na Smart Cities Tour

  • «Cidade como Plataforma» Albufeira | 21 de fevereiro de 2018 | Câmara Municipal
  • «Mobilidade» Ponta Delgada | 23 de fevereiro de 2018 | Câmara Municipal
  • «Resiliência» Portalegre | 7 março de 2018 | Auditório do Museu da Tapeçaria de Portalegre Guy Fino
  • «Sustentabilidade Económica e Financeira» Guimarães | 14 de março de 2018, IDEGUI – Instituto de Design de Guimarães
  • «Turismo» Funchal | 16 de março de 2018 | Reitoria da Universidade da Madeira
  • «Edificado» Seixal | 21 de março de 2018
  • «Inovação» Viseu | 28 de março de 2018
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