Um estudo levado a cabo pela consultora Deloitte concluiu que a maioria dos líderes organizacionais considera que disrupções como a pandemia poderão ser normais no futuro.
A consultora inquiriu CEO das maiores empresas dos setores de comércio, transportes, indústria, atividades financeiras e seguros a operar em Portugal de mais de 21 países. Assim, concluiu que “mais de 60% dos líderes globais com cargos de administração acredita que disrupções como a pandemia poderão ser sentidas ocasional ou regularmente no futuro”. O estudo demonstrou que 70% dos inquiridos acredita que o negócio não está preparado para enfrentar “ameaças futuras”.
O estudo sublinha que, a longo prazo, as mudanças climáticas vão ter mais impacto do que a Covid-19 está a ter no tecido empresarial.
“Os desafios dos últimos doze meses têm sido únicos e implacáveis. A confluência de uma pandemia sanitária global, agitação social e política, e o agravamento dos acontecimentos climáticos tem apresentado às organizações escolhas difíceis, novas formas de operar, e mudanças estratégicas fundamentais”, considerou Miguel Eiras Antunes, partner na Deloitte em Portugal e líder global de Smart City, Smart Nation e Local Government.
Entre as mudanças estratégicas estão planeamentos e investimentos antecipados, que na opinião de Miguel Eiras Antunes, fará com que as empresas fiquem “melhor posicionadas para prosperar no futuro, tanto em Portugal como no mundo”.
Segundo o estudo da Deloitte, “praticamente metade dos líderes portugueses afirmaram que, em 2020, o impacto do Coronavírus no volume de negócios da sua organização foi muito negativo, anulando espaço para o investimento que também foi negativamente afetado. No entanto, os gestores estão relativamente otimistas quanto ao futuro: dentro de 3 meses, 53% dos inquiridos espera um impacto neutro no volume de negócio e dentro de 12 meses, 53% dos respondentes espera um aumento de 25%”.
Em matérias de recrutamento e gestão de pessoas, o estudo diz que nos próximos três meses vai acontecer “uma redução de 25% do número de colaboradores e dentro de 12 meses, espera-se uma situação agravada, com praticamente metade dos CEO a preverem uma redução de 25% do seu número de colaboradores”.
Os líderes globais e portugueses reconheceram a crescente importância de ter profissionais versáteis e afirmam ser vital “a importância da colaboração dentro das suas organizações, fazendo notar que esta acelerou a tomada de decisões, mitigou o risco e conduziu a mais inovação”.
Nos últimos meses a tecnologia foi também um fator determinante para as empresas. O estudo da Deloitte refere que “apenas 22% dos gestores globais afirmaram que as suas organizações tinham as tecnologias necessárias para facilitar o trabalho remoto antes da pandemia”. Das empresas inquiridas, “42% desenvolveram e adotaram estas tecnologias por necessidade, ao longo do ano de 2020. Em Portugal, 80% dos CEO considera que a sua organização geriu bem ou muito bem a transição de sistemas/ferramentas para a cloud de modo a suportar o teletrabalho”.
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