[weglot_switcher]

Mais cinco anos no Palácio de Belém são até hoje uma regra sem exceção

Convergência ao centro para reeleger Presidente da República leva a que nenhum incumbente tenha ido sequer à segunda volta.
22 Janeiro 2021, 18h15

O regresso às urnas de voto de um Presidente da República é um jogo de um contra três, quatro, cinco ou seis, e no final ganha o incumbente. A regra mantém-se e reforça-se desde 1980, quando Ramalho Eanes foi reeleito para um segundo mandato, ainda que com grande parte do eleitorado diferente daquele que o levara ao Palácio de Belém em 1976.

Mais de 40 anos depois, a reeleição de Eanes permanece como a mais “apertada” no pós-25 de abril, pois teve 16 pontos de vantagem sobre Soares Carneiro, candidato militar apoiado pelo governo de centro-direita da Aliança Democrática, com uma abstenção historicamente baixo e Portugal em estado de transe devido a uma tragédia muito diferente da pandemia de Covid-19 que marca as presidenciais de 2021.

Três dias antes das eleições de 1980, realizadas a 7 de dezembro, o avião em que seguia o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, e outras cinco pessoas, caiu em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas pouco após descolar do aeroporto de Lisboa, a caminho do Porto, onde esses dois governantes iriam participar num comício de Soares Carneiro. Nenhum dos pilotos e tripulantes sobreviveu àquilo que ficou conhecido como tragédia de Camarate.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.